Regulador bancário chinês sugere várias reformas

06/09/2013 16:44 Atualizado: 06/09/2013 16:44
Shang Fulin, o presidente da Comissão Regulatória Bancária da China (Imagem da internet)
Shang Fulin, o presidente da Comissão Regulatória Bancária da China (Imagem da internet)

Shang Fulin, o chefe do sistema de regulação bancária da China, numa entrevista recente com uma revista estatal, apresentou uma visão geral dos problemas enfrentados pelo setor bancário do país e sua estrutura regulatória e sugeriu maneiras do regime realizar reformas.

O presidente da Comissão Regulatória Bancária, Shang Fulin, discutiu os pontos fracos do setor e disse numa entrevista ao “Em busca da verdade”, um jornal estatal porta-voz da ideologia do regime chinês, que a base do sistema econômico-financeiro “precisa ser melhorada amplamente”, informou o Wall Street Journal.

Citando o rápido crescimento do sistema financeiro chinês na última década, ele se referiu as áreas problemáticas do setor. Alertando particularmente sobre a crescente complexidade das estruturas de transações e sobre a rápida expansão das atividades de caixa dois, ele disse que era essencial “reduzir os riscos de contágio financeiro” e “evitar a arbitragem regulatória” fechando as brechas usadas pelos bancos para contornar os regulamentos.

Shang expressou preocupação de que os bancos não estivessem satisfazendo a situação econômica do mundo real e disse que os fundos de investimento deveriam ser “investidos na atividade econômica real e não em bolhas”.

Ele também alertou que seria necessária cooperação para promover a boa execução das reformas econômicas, escreveu a mídia estatal Consolidated Financial Network (CFN).

Grande cooperação dos bancos pode ser necessária, pois os bancos têm sido insensíveis à tentativa dos reguladores de reequilibrar a economia, levando ao recente aperto de crédito. Os bancos têm “mantido as torneiras de crédito abertas por meio de operações cada vez mais complexas”, fazendo jogo de “gato e rato” ao tentar esconder os riscos, disse o Wall Street Journal no mês passado.

Os investidores estão cada vez mais cautelosos com os bancos da China, à luz das preocupações crescentes sobre maus empréstimos que entram e desaparecem dos livros. A mídia Bloomberg informou em agosto que os empréstimos tóxicos cresceram pelo sétimo trimestre consecutivo enquanto a economia chinesa continua a desacelerar.

Usando estatísticas oficiais, a Bloomberg disse que a dívida aumentou “em todas as categorias de crédito, incluindo os bancos estatais e regionais”.