Regime comunista chinês pune 20 mil oficiais por violarem as regras

03/12/2013 11:38 Atualizado: 03/12/2013 11:38

O Partido Comunista Chinês puniu cerca de 20 mil de seus funcionários por terem violado as novas regras anunciadas há um ano.

O regime comunista anunciou as regras em 4 de dezembro de 2012. As regras eram destinadas a forçar os funcionários a reduzirem as infames festas, cerimônias e outras regalias que acompanhariam os cargos no governo do país.

No ano passado, cerca de 20 mil funcionários foram punidos, anunciou o Comitê Central de Inspeção Disciplinar (CCID) do Partido Comunista Chinês (PCC) em 2 de dezembro.

A mídia estatal chinesa Xinhua disse que nos dois últimos feriados, 917 denúncias foram recebidas sobre “decadência oficial”. “As suspeitas de violação incluem o uso de fundos públicos para dar presentes, pagar jantares e viagens não relacionados com as funções oficiais, bancar atividades recreativas caras, violações de uso do carro oficial e distribuir bônus desnecessários, segundo o CCID”, informou a Xinhua.

Numa reunião de janeiro com o CCID, o líder chinês Xi Jinping disse que o PCC deve reprimir os “tigres” e as “moscas”. “Tigres” são os funcionários de alto escalão do PCC, como Bo Xilai, um ex-membro do Politburo julgado culpado em setembro por corrupção e outros crimes.

Os oficiais nesse anúncio mais recente são “moscas” – funcionários de baixo escalão do PCC. Cerca de 99% das violações dos milhares de funcionários foram ao nível de condado e município.

As duas categorias de alvos das investigações de corrupção têm finalidades diferentes.

A campanha anticorrupção contra os tigres é uma forma de expurgo político no PCC, diz Wu Fan, um comentarista político e ativista dos direitos baseado nos Estados Unidos, à Rádio Som da Esperança (SOH).

“Ao promover a luta contra a corrupção, a luta contra os grandes tigres, Xi Jinping está eliminando os inimigos políticos. Desta forma, tenho certeza de que haverá mais funcionários derrubados, a fim de redistribuir os lucros que esses cargos auferem.”

Num artigo da comentarista He Qinglian publicado no Epoch Times em dezembro de 2012, quando a campanha anticorrupção de Xi Jinping começou, a Sra. He disse que o ataque à corrupção, incluindo a corrupção dos funcionários de escalões inferiores, visa a restaurar a legitimidade do PCC e ganhar o apoio popular.

A Sra. He disse que Xi Jinping é sério sobre o combate à corrupção. O problema, escreveu ela, é que a corrupção está enraizada no Estado de partido único e por isso uma campanha anticorrupção não resolve os verdadeiros problemas. “Após o fim da campanha e quando a corrupção retornar, os efeitos de usar essa medida novamente serão muito limitados”, escreveu He Qinglian.