BIELLA, Itália – Apenas nove dias depois que um terremoto de magnitude 6,0 atingiu a região de Emilia Romagna, no norte da Itália, a terra tremeu novamente na terça-feira causando mais mortes, desmoronando prédios, e deslocando milhares de moradores, destruindo a esperança das pessoas de um rápido retorno à normalidade.
O terremoto de magnitude 5,8 ocorreu às 9:00 da manhã, horário local, com o epicentro na província de Modena. O tremor principal foi seguido por dezenas de tremores secundários, dois dos quais foram de magnitude superior a 5,0, informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).
Os tremores secundários mataram mais pessoas do que o primeiro tremor, deixando pelo menos 16 pessoas mortas, segundo relatos locais. No entanto, as equipes de resgate continuaram a procurar por sobreviventes sob os escombros durante toda a noite.
Várias pessoas morreram quando uma fábrica que tinha acabado de reabrir após o primeiro terremoto desmoronou.
A Defesa Civil italiana está preparando abrigos de emergência para 8 mil pessoas que foram forçadas a deixar suas casas. Elas somam-se as 6 mil que foram deslocadas após o primeiro terremoto, de acordo com números fornecidos pelas autoridades.
A economia local está de joelhos, com muitos armazéns já inutilizáveis e fazendas destruídas. Igrejas, torres e outros edifícios históricos têm sofrido sérios danos em consequência dos terremotos. A área é famosa pela produção de vinagre balsâmico e queijo parmesão.
A situação de emergência, no entanto, pode não ter visto seu fim. Tremores secundários são esperados para durar um longo período, disse Stefano Gresta, presidente do INGV, ao canal italiano de notícias SkyTG24. “E não podemos excluir futuros terremotos fortes, como o de hoje”, disse ele.