Região de Pequim sofre com excesso de pessoas

02/04/2013 12:44 Atualizado: 02/04/2013 12:44
Uma turista chinesa diante do histórico Parque Jingshan enquanto a poluição atmosférica continua a envolver Pequim em 31 de janeiro de 2013 (Mark Ralston/AFP/Getty Images)

Pequim está doente, segundo um novo relatório. A capital chinesa propriamente dita, a cidade costeira próxima de Tianjin, bem como a área circundante da província de Hebei, estão cronicamente superpovoadas e com infraestrutura severamente deprimida, diz o relatório.

O documento de 19 de março, produzido pela Academia Chinesa de Ciências, pela Universidade de Economia e Negócios da Capital e pela Comissão de Desenvolvimento e Reforma de Pequim, inclusive fazem a ousada sugestão de que a capital deve ser transferida para outra cidade para aliviar a pressão. O relatório foi identificado como um Livro Azul, denotando sua procedência oficial, e foi intitulado “Relatório de Desenvolvimento Beijing-Tianjin-Hebei (2013) – Medidas e contramedidas sobre capacidade estrutural”.

As conclusões do relatório foram obtidas observando-se os recursos hídricos disponíveis, os níveis de poluição e o transporte público. O relatório diz que Pequim está em estado de emergência, enquanto Tianjin está em “nível de alerta”.

Se os problemas identificados no relatório forem resolvidos, a área poderia suportar uma população entre 86 e 98 milhões em 2015. Mas em 2010, a população da área já era de 104 milhões. Estima-se que atinja 112 milhões em 2015 e 120 milhões em 2020.

A água é um problema grave. Pequim tinha apenas 119 metros cúbicos de recursos hídricos per capita em 2011, enquanto menos de mil metros cúbicos por habitante é considerado escassez de água para os padrões internacionais.

A mídia porta-voz do regime chinês, a Xinhua, reconheceu em 2011 que Pequim é uma das cidades mais afetadas pela escassez de água.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) listou Pequim como a terceira cidade mais poluída do mundo em 1999. Um relatório de 2006 do Banco de Desenvolvimento da Ásia disse que o índice de poluição do ar de Pequim era de 5 a 7 vezes maior do que o nível de segurança definido pela OMS e o câncer de pulmão já é o assassino nº 1 na cidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Pequim.

O Prof. Hu Xingdou do Instituto de Tecnologia de Pequim sugeriu em 2007 que a China deveria deslocar sua capital para aliviar a pressão de Pequim.

Ele disse que isso amenizaria as pressões no norte da China e diminuiria o custo de vida e da habitação em Pequim.

Um artigo de 9 de janeiro publicado no website do Instituto de Reforma Rural Abrangente da Chinês afirmava que Xinyang, na província de Henan, está sendo investigada como um possível local para a nova capital chinesa a partir de 2016.

Mais de 160 oficiais de cerca de 20 departamentos governamentais foram a Xinyang em 28 de julho do ano passado para realizar um inquérito pela 28ª vez com representantes da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, da Secretaria Nacional de Planejamento da cidade e do Ministério de Proteção Ambiental, disse o artigo. Porém, a ideia de que o Partido Comunista Chinês realmente mudará a capital não decolou.

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