Refeição luxuosa de políticos chineses provoca revolta da população

22/04/2013 17:45 Atualizado: 22/04/2013 17:45
Moradores da cidade de Taizhou invadiram a administração do governo local e questionaram a gastança irresponsável das autoridades (Imagem da internet)

Sob pressão, secretário implora perdão de joelhos

No último final de semana, quase mil moradores da cidade de Taizhou invadiram o prédio do comitê local de desenvolvimento industrial e flagraram mais de vinte funcionários públicos e policiais tendo uma refeição luxuosa com dinheiro público, prática recentemente proibida pelo novo líder chinês Xi Jinping, mas ainda muito recorrente por todo o país. Segundo os manifestantes, quase todos os finais de semana, dezenas de carros se reúnem no mesmo local; alguns moradores se infiltraram como garçons e confirmaram a existência dessas gastanças desenfreadas do dinheiro público.

Zhang Aihua, o secretário do comitê de desenvolvimento industrial, implora ao povo por perdão após ser flagrado coordenando um festim na administração do governo local com dinheiro público (Imagem da internet)

Assim, na noite do dia 20, a população se reuniu e invadiu o prédio, pegando os funcionários e oficiais do governo de surpresa. Na mesa, eram servidos pratos que custavam até 10.000 yuanes (c. US$ 1.650), além de garrafas de bebidas caríssimas e cigarros refinados. Diante da irritação dos manifestantes e de diversas máquinas fotográficas e celulares, os servidores não puderam se isentar da responsabilidade; o ‘líder’ do esquema e secretário do comitê de desenvolvimento industrial, Zhang Aihua, se ajoelhou na mesa e com o auxílio de um megafone implorou perdão, “Eu realmente errei hoje e peço solenemente perdão aos senhores; me curvarei como se fosse o filho ou mesmo o neto de vocês, mas por favor me abandonem.”

O caso explodiu nas redes sociais da China continental e milhares de internautas demonstraram apoio à atitude dos manifestantes, enquanto condenaram a “falta de decência” dos políticos chineses e questionaram a eficácia do decreto que proíbe refeições luxuosas similares e outros abusos do dinheiro público, uma prática que tem sido costumeira há muitos anos.

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