A dor nas costas pode ser originária de músculos, nervos, ossos, articulações ou outras estruturas da coluna vertebral.
A dor nas costas é a experiência subjetiva da dor nas áreas cervical, torácica, lombar ou sacral da coluna vertebral. Quase 98% dos casos de dor nas costas é o resultado de causas desconhecidas.
Apenas uma pequena proporção (2%) dos casos é o resultado de patologia grave, que pode incluir hérnia de disco, câncer, infecção ou outras causas identificáveis. Nove em cada dez pessoas relatam pelo menos um episódio de dor nas costas em suas vidas.
Dor lombar (ou lumbago) afeta 80% da população e responde por mais níveis de doença e incapacidade do que qualquer outra condição médica. Nos Estados Unidos, a dor lombar é a razão número 1 para indivíduos com menos de 45 anos limitarem a atividade física.
É a segunda queixa mais comum nos consultórios médicos. A maioria dos pacientes com dor lombar aguda recupera-se completamente em algumas semanas, independente da modalidade de tratamento.
Uma série de abordagens utilizadas para tratar a dor nas costas recebeu o reconhecimento do público e tem sido recomendada com variados graus de sucesso. O tratamento convencional de dor nas costas geralmente inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e relaxantes musculares. Nos casos crônicos, narcóticos, antidepressivos, fisioterapia, injeções, e mesmo a cirurgia tem sido utilizados.
O tratamento convencional de dor nas costas é, em sua maior parte, um fracasso. De acordo com pesquisadores do Pain Research Center da Universidade de Utah, e com o presidente da American Academy of Pain Medicine, “quase todos” agora sofrem de dor crônica, inclusive dor nas costas. A medicação convencional, um “pilar” do tratamento, é uma das razões para isto.
Os medicamentos realmente pioram a dor ao longo do tempo. O uso da maioria destes medicamentos provoca um aumento da sensibilidade à dor, diminui a resposta de cura do corpo, e leva à bem conhecida tendência a aumentar eventualmente o abuso do uso destas drogas.
Não é de admirar que as pessoas usem estas drogas de forma demasiada e cotidiana, já que estratégias de marketing farmacêutico permeiam a mídia com informações que sugerem que estas drogas devem ser parte da rotina diária normal. Nossa cultura tornou-se dependente de medicamentos para alívio da dor.
Mais destes medicamentos são utilizados hoje por mais pessoas do que nunca antes na história da humanidade. Como resultado, nós agora sofremos mais sintomas de dor e doença crônica do que em qualquer outro momento da história.
Estes medicamentos são utilizados até para o mais simples mal-estar. Muitas pessoas preferem tomar uma medicação a corrigir seu estilo de vida, alterar seu regime de exercícios, ou mudar sua dieta para corrigir um desequilíbrio.
Com a exceção da fisioterapia, que oferece algum benefício mecânico de reabilitação, os tratamentos mais convencionais de dor nas costas apresentam riscos significativos de efeitos colaterais e lesões em longo prazo. É por isto que uma série de modalidades complementares e alternativas (MA) tem ganhado popularidade significativa. Muitas destas modalidades têm sido reconhecidas pelo National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM), nos EUA, mas nem todas ainda têm sido reconhecidas oficialmente.
Modalidades da Medicina Alternativa (MA) eficazes para o tratamento da dor nas costas incluem:
• Acupuntura
• Exercícios
• Ervas
• Naturopatia
• Terapia comportamental
• Técnica de Alexander
• Feldenkrais
• Quiropraxia
• Medicina osteopática
• Massagem
• Yoga
• Tai-chi-chuan e qigong
• Relaxamento, meditação e visualização
Não comumente listada, a medicina homeopática clássica (MHC) oferece um meio único, seguro e eficaz de tratar a dor nas costas. A MHC é, por definição, individualizada para modalidades específicas e leva em conta a totalidade dos sintomas de cada indivíduo. A homeopatia tem sido comprovada como sendo mais eficaz do que o placebo ou a terapia física no tratamento de pacientes com dor nas costas.
Descobri que a maioria dos casos de dor nas costas responde bem a uma combinação de estratégias específicas de prevenção, usando-se modalidades de fisioterapia em conjunto com a MHC individualizada. Usar estas duas modalidades complementares em conjunto oferece a oportunidade de criar melhoria duradoura e o fim de recaídas, estabilizando ao mesmo tempo desequilíbrios mecânicos subjacentes.
Tudo isto pode ser alcançado sem o uso de medicação convencional para a dor, se a pessoa estiver disposta a resolver a causa e não os sintomas da doença.
Na próxima parte: Reduzindo as dores nas costas – Parte 2
O Dr. Whitmont é um médico internista, especializado em homeopatia clássica, e que atua em Nova York. Ele é professor assistente clínico de medicina da família e da comunidade no New York Medical College. Seu site é homeopathicmd.com
