Recursos disponíveis para evitar o estresse

06/09/2013 08:58 Atualizado: 06/09/2013 08:58
Nossas vidas refletem o que fazemos no dia a dia com nossos corpos, o templo da alma (Epoch Times)
Nossas vidas refletem o que fazemos no dia a dia com nossos corpos, o templo da alma (Epoch Times)

Na vida diária, contamos atualmente com determinados recursos, que podem nos ajudar a intervir e prevenir a tensão emocional se forem utilizados com regularidade, segundo psicoterapeutas e promotores da saúde.

Em uma entrevista com o Epoch Times, o promotor de saúde integral em Rosário, na Argentina, Alejandro Daniel Litmanovich, explicou que os recursos mais eficazes com os quais o organismo humano conta são a alimentação saudável, prática de meditação, atividade física e expressar as emoções adequadamente.

Litmanovich destacou que o estresse produz uma reação adversa no organismo quando as demandas que temos superam os recursos de que dispomos para combatê-las.

Quando ocorre essa situação, alguns sintomas podem ser percebidos, disse Litmanovich, destacando exemplos como enjoos, contraturas musculares, angústia e desmaios. “Outros tipos de sintomas, se não forem tratados a tempo, podem gerar fadiga crônica e deixar uma porta aberta para muitíssimas enfermidades”.

Alimentação saudável

Reduzir o consumo de carne, tomar água (de preferência purificada), consumir alimentos naturais, orgânicos e não transgênicos ajudam a manter uma alimentação saudável, disse Litmanovich. Ele afirmou também que o sistema imunológico é altamente fortalecido quando consumimos aminoácidos, vitaminas e minerais essenciais às celulas.

Prática de meditação

Segundo Litmanovich, a meditação é muito benéfica. “Vinte minutos de meditação profunda equivalem a três horas de sono”. Ele acrescentou que “os benefícios são acumulativos”. O psicoterapeuta relatou também que “a pressão sanguínea diminui enquanto o praticante medita e o número de ciclos respiratórios por minuto baixa drasticamente, dessa forma (a pessoa) descansa a mente e renova a energia. Consegue-se maior concentração e foco nas (diversas) atividades”.

Realizar atividade física

Nesses casos, as recomendações não se referem necessariamente a esportes de alto rendimento. Caminhar ou dançar também podem ser consideradas atividades físicas.

Expressar as emoções adequadamente

“O que não se expressa se torna tóxico no interior do organismo”, disse Litmanovich, explicando que o desgosto em relação a alguém fisiologicamente desencadeia em nosso organismo “uma resposta negativa”. Em contrapartida, “se conseguimos nos expressar adequadamente, sem agressão, nos sentimos mais leves”.

Uma missão de vida

Se mantivermos uma missão e um sentido de direcionamento na vida, também conseguimos aliviar a tensão emocional, explicou o psicoterapeuta. Perguntar “O que posso fazer por você?”, ao invés de perguntar “O que os outros podem fazer por mim?”, também pode ser benéfico para a saúde.

Outra sugestão interessante que mencionou é o hábito de irmos dormir com um bom pensamento em mente, “porque está comprovado que quando dormimos com um mau pensamento, é provável que despertemos com essa negatividade”.

Litmanovich afirmou que há vários mitos sobre o estresse, como por exemplo, que somente os altos executivos ou pessoas com muitas responsabilidades se estressam. Na realidade, somos todos propensos a ele, inclusive uma pessoa que não trabalha pode ficar estressada. “É algo pessoal e subjetivo” e depende de como são processadas emocionalmente as circunstâncias da vida ou de uma situação em particular. “Se uma pessoa tiver de enfrentar uma demanda, ainda que seja mínima, e não tiver boa auto estima, bons recursos e boa energia, termina estressada”.

“A sobrecarga de trabalho não é motivo de estresse, uma pessoa pode trabalhar muito e não ficar estressada”, disse o psicoterapeuta, declarando que uma pessoa pode trabalhar 5 horas e senti-las tão intensas, que pode terminar totalmente esgotado e estressado. Pode terminar mais cansado que uma pessoa que trabalha 12 horas mas que desfruta do seu trabalho.

Para Litmanovich, utilizar um sedativo não diminui a tensão. “É uma via curta que na melhor das hipóteses alivia momentaneamente, porém não é efetiva a longo prazo”, e adverte que se alguém utiliza medicação necessita ser supervisionada por um médico.

O profissional destacou que à medida que dizemos a nós mesmos: “O estresse foi ocasionado por mim e sou eu quem necessita ser aprimorado, devo deixar de colocar a culpa fora para poder encontrar uma solução” (…) “O caminho mais fácil é dizer que os culpados são os outros e não tomar responsabilidade de dizer que sou 100% responsável pela minha saúde”.

“O governo é culpado, os políticos são corruptos, a situação do mundo é caótica, a culpa é sempre depositada em algo externo e não se responsabiliza pelo próprio estresse e pelas condições na qual está inserido”, disse Litmanovich ao explicar que “a queixa olha somente para fora e não ajuda em nada”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de enfermidades. O tratamento do estresse é integral. Isso implica que abrange simultaneamente todos os aspectos do ser humano compreendendo-o como um todo, o corpo e a mente em integração, formando uma unidade.