Rebeldes sírios mantiveram-se desafiadores em meio ao forte bombardeio de Aleppo, prometendo que a cidade se tornará um “cemitério” para as forças pró-governo.
O exército sírio bombardeou Aleppo pelo segundo dia no domingo, em que muitos governos estrangeiros temem poder se tornar um massacre.
O coronel Abdel Jabbar al-Oqaidi, o líder das forças rebeldes na cidade, disse que oito tanques e mais de 100 tropas leais ao presidente Bashar al Assad foram mortos no domingo.
“Aleppo será o cemitério dos tanques”, disse à AFP.
Após se concentrarem por dois dias, o exército da Síria lançou uma ofensiva terrestre e aérea contra Aleppo no sábado.
Al-Oqaidi acusou o governo sírio de tentar realizar um ataque similar em escala a Homs, a antiga base rebelde que foi nivelada pelos bombardeios militares durante o inverno.
“Esperamos que eles cometam um massacre muito grande e apelamos à comunidade internacional que intervenha para evitar esses crimes”, disse al-Oqaidi. “Pedimos ao Oeste por uma zona de exclusão aérea.”
Líderes mundiais condenaram a violência na sexta-feira. O secretário das Relações Exteriores britânico William Hague disse que o povo de Alepo foi “ameaçado com um potencial massacre”.
O ‘Observatório Sírio para os Direitos Humanos’ disse no início deste mês que 19 mil pessoas foram mortas desde que a violência começou no país há 16 meses.
Julho tem sido um dos meses mais mortais até agora, com 2.750 mortos apenas na primeira metade do mês, disse o Observatório. O confronto aconteceu em redutos do governo tanto em Damasco como em Aleppo.
O general Robert Mood, ex-chefe da missão de monitoramento da ONU na Síria, disse à Reuters na sexta-feira que era “apenas uma questão de tempo” até o regime sírio cair.
“Toda vez que há 15 pessoas mortas numa aldeia, 500 simpatizantes adicionais são mobilizados, dos quais cerca de 100 são combatentes”, disse ele.
Al-Oqaidi disse que os rebeldes não recuariam em Aleppo como fizeram em Damasco. “Não há nenhuma retirada estratégica do Exército Sírio Livre. Aguardamos o ataque”, disse ele na entrevista à AFP.
“Estamos posicionados por toda a cidade e temos armas para nos defender dos helicópteros”, acrescentou ele.
“Estamos prontos para derrubar este regime.”