Rebeldes sírios fazem soldados da ONU como reféns nas colinas de Golan

29/08/2014 07:00 Atualizado: 28/08/2014 22:07

Um grupo de 43 soldados da ONU nas Colinas de Golan, região fronteiriça entre Síria e Israel, foi feito refém na madrugada desta quinta-feira (28) por rebeldes sírios que enfrentam o Exército do país.

“Durante um período de intensificação da luta, iniciado na quarta-feira entre elementos armados e as Forças Armadas da Síria dentro da área de separação nas Colinas de Golan, 43 integrantes das forças de paz, da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof), foram detidos por um grupo armado nas proximidades de Al Quneitra”, disse a assessoria de imprensa da ONU em um comunicado.

“A ONU está fazendo todos os esforços para garantir a libertação dos “boinas azuis” detidos e restabelecer a total liberdade de movimentos da força em sua área de operação”, acrescentou a Organização. Outros 81 soldados são impedidos de se deslocar pelo local. Todos os soldados são filipinos.

“Os oficiais da ONU não foram ainda sequestrados, mas os membros do grupo jihadista Frente al Nusra cercam os dois prédios onde os boinas azuis estão”, afirmou o correspondente Fadi al Asmai. A nota oficial da ONU não identifica qual grupo armado foi responsável pela ação.

Asami acrescentou que os jihadistas acusaram pelo menos dois observadores da ONU de participar, do lado do regime sírio, nos combates recentes entre os rebeldes com o Exército na região. A Undof foi criada em maio de 1974 para supervisionar o acordo da Síria e Israel em relação à retirada das Colinas de Golan e acompanhar o cessar-fogo estipulado entre as duas partes.

Recentemente, seu mandato foi estendido por seis meses, até 31 de dezembro deste ano. No final de julho, a força de paz era composta por 1.223 soldados de seis países (Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas).

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