Rebeldes sírios apreenderam um depósito de armas e munição na região de Qalamoun, ao norte de Damasco, na madrugada de sábado (03), segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). No norte da Síria, os combates entre curdos e jihadistas têm-se intensificado, enquanto a oposição tem apelado à calma dos grupos armados.
De acordo com o observatório, que conta com uma vasta rede de ativistas e fontes médicas em todo o país, os rebeldes apreenderam “armas anti-tanque, mísseis Grad e várias munições, depois de lutar na noite de sexta-feira para sábado”. Na região de Damasco, ocorreram confrontos no sul, onde as forças leais procuram há meses expulsar os rebeldes. Mais ao norte, em Homs, o exército concentrou os seus ataques em Jouret al-Shiyah e Qoussour, duas áreas rebeldes perto da zona Khaldiyé, que tomou esta semana, disse a mesma fonte.
Na província de Hassaka, a 600 quilómetros a norte de Damasco, as lutas continuam entre combatentes curdos e jihadistas, duas semanas após a expulsão de rebeldes islâmicos em Ras al-Ain, na fronteira com a Turquia.
A Unicef chamou a atenção neste sábado sobre a situação das mulheres e crianças em Homs, no centro da Síria, pedindo aos rebeldes e às forças do regime que lhes permitam o acesso a cerca de 400 mil civis que se encontram encurralados na cidade.
“A situação das mulheres e crianças na cidade síria de Homs está se deteriorando rapidamente”, alertou Anthony Lake, diretor geral da Unicef, e acrescentou que “novas barreiras impedem a entrada de fornecimento”.
Também na Síria, dois irmãos sueco-libaneses, que deixaram a Escandinávia para lutar com os rebeldes islâmicos, foram mortos na sexta-feira, disse à France Presse um parente dos jovens.
Moatassem Dib, 18 anos, explodiu em um ataque suicida com um carro-bomba contra um posto de controlo do exército em Qalaat al-Hosn. O seu irmão Hassan, de 21 anos, morreu no ataque “vitorioso” que se seguiu, disse o sheikh Mohammed Ibrahim.
Os irmãos eram descritos na Suécia como “muito religiosos”. Neste sábado seis sírios morreram e outros nove ficaram feridos quando se dirigiam para a fronteira libanesa, anunciou à France Presse uma fonte militar, sem precisar as condições exatas do ocorrido.“Fomos surpreendidos por um ataque aéreo quando passávamos da Síria para o Líbano”, disse, sob anonimato, uma jovem que foi ferida. A coligação nacional síria (oposição) reclamou a libertação imediata de um padre italiano que viajou para o norte do país para se encontrar com os jihadistas, e que há quatro dias que não é visto. Mais de cem mil pessoas morreram no conflito na Síria, enquanto milhões de civis, dos quais cerca de 75% são crianças e mulheres, fugiram dos combates.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Lusa
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