Rara fusão de galáxias forma uma elíptica gigante

27/05/2013 20:14 Atualizado: 06/08/2013 17:12
Após observação com vários telescópios, concluiu-se que eram duas grandes galáxias que eventualmente se entrelaçaram
Uma galáxia elíptica gigante emerge da fusão de duas grandes galáxias (ESA/NASA/JPL-Caltech/UC Irvine/STScI/Keck/NRAO/SAO)

O Observatório Herschel da Agência Espacial Europeia (ESA) registrou imagens de uma fusão rara de duas galáxias grandes e distantes que formaram uma elíptica no período inicial do Universo.

Após estudar as galáxias com vários telescópios, concluiu-se que havia duas grandes galáxias com formação estelar que eventualmente interligaram-se para formar uma galáxia elíptica supergigante, informou em 22 de maio as agências espaciais ESA e NASA, que colaboraram no estudo.

Os astrônomos classificam as galáxias em dois tipos: as espirais, como a nossa Via Láctea, cheias de gases e inúmeras estrelas azuis em formação, ou elípticas, pobres em gases e povoadas principalmente com estrelas vermelhas mais velhas e frias.

Até agora, havia dúvidas sobre como galáxias elípticas gigantes se formaram no início do Universo. Acreditava-se que elas surgiram gradualmente, por meio da aquisição de várias galáxias anãs e suas estrelas, que com o tempo iam perdendo sua energia, transformando-se em estrelas vermelhas, informou a equipe da ESA.

Os últimos estudos permitem concluir que sua formação resultaria da fusão de galáxias massivas. Contudo, enquanto alguns grandes enigmas se esclarecem, outros permanecem ou aparecem. Nas últimas décadas, algumas dessas galáxias foram descobertas existindo no início do universo, logo após o Big Bang, quando este tinha apenas três a quatro bilhões de anos de história.

Os astrônomos ficaram surpresos como essas galáxias se formaram em tão pouco tempo e como a energia de suas estrelas se apagou relativamente rápido.

“De alguma forma, em escalas curtas de tempo cosmológico, estas galáxias reuniram rapidamente grandes quantidades de estrelas e estas se ‘apagaram’”, disse a ESA.

A explicação que surge agora é que duas grandes galáxias espirais podem colidir e se combinar para produzir uma grande galáxia elíptica e o resultado desta colisão produz no interior uma grande explosão de formação de estrela, que lhes esgotada rapidamente suas reservas de gases, informou a agência espacial.

Na imagem do Observatório Herschel, os astrônomos capturaram o início deste processo entre duas galáxias massivas quando o universo tinha apenas três bilhões de anos.

O Herschel as havia identificado como uma única fonte de luz, chamada HXMM01, mas com o estudo de vários telescópios, incluindo os telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA, verificou-se que são duas galáxias, cada uma com massa estelar de cerca de 100 bilhões de sóis e uma quantidade equivalente de gás. O decréscimo do gás entre elas indica que estão se fundindo.

“Esta sistema monstruoso de galáxias em interação é a fábrica de formação estrelar mais eficiente já encontrada no universo quando este tinha apenas três bilhões de anos”, disse Hai Fu, da Universidade da Califórnia, Irvine, EUA, segundo a ESA.

“O sistema HXMM01 é incomum, não só por causa de sua grande massa e intensa atividade de formação de estrelas, mas também porque expõe um passo intermediário crucial no processo de fusão, fornecendo informações valiosas”, diz o coautor Asantha Cooray, também da Universidade da Califórnia.

No estudo, a equipe descobriu que a fusão das galáxias estava gerando cerca de 2 mil estrelas por ano. Em comparação, os astrônomos destacam que em nossa Via Láctea observa-se a formação de uma única estrela como o Sol em um ano.

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