Quem é Guo Jinlong?

24/06/2012 10:00 Atualizado: 24/06/2012 10:00

Guo Jinlong, o prefeito de Pequim, numa reunião no Grande Salão do Povo em 6 de março de 2012 em Pequim, China. (Lintao Zhang/Getty Images)Guo Jinlong exerce o cargo de prefeito de Pequim desde 2008. Ele foi o presidente executivo do Comitê Organizador das Olimpíadas de Pequim em 2008.

Segundo a Reuters, Guo Jinlong é um provável candidato a se tornar o próximo secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) em Pequim, uma posição mais poderosa do que o cargo que ocupa atualmente na prefeitura da capital chinesa. Posições em cargos do PCC sempre significam maior poder do que posições ocupadas na estrutura do governo, ainda que sejam no mesmo nível. Esse fato, se concretizado, também poderá levá-lo a uma posição dentro do poderoso Comitê Central do Politburo, o círculo da liderança maior na China comunista.

Guo Jinlong ocupou anteriormente várias posições dentro do PCC, tanto na província de Sichuan, como na província de Anhui e também no Tibete.

Responsabilidade na perseguição ao Falun Gong

Guo Jinlong foi processado em Taiwan por seu papel na repressão ao Falun Gong. A ação ajuizada em 16 de fevereiro 2012 por praticantes do Falun Gong de Taiwan alega que Guo Jinlong está envolvido em atos de tortura e crimes contra a humanidade.

Enquanto exercia a função de prefeito de Pequim, à frente dos Jogos Olímpicos de 2008, Guo Jinlong deu ordens para colocar mais de 500 praticantes do Falun Gong na prisão. Antes disso, como secretário do PCC no Comitê Provincial de Anhui, ele publicou em sua província um manual sobre estratégias de repressão às atividades do Falun Gong, um documento que levou à detenção ilegal de pelo menos 37 praticantes do Falun Gong. É importante lembrar que praticantes do Falun Gong são rotineiramente torturados na prisão e geralmente não têm acesso a representação legal.

Facção

Aparentemente Guo Jinlong é leal ao atual secretário-geral do PCC, Hu Jintao. Se essa for a realidade, Guo Jinlong poderia ser um aliado de Hu Jintao dentro do PCCh, após ele se aposentar, provavelmente após o 18º Congresso Nacional esperado para o final de 2012.

Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.