Evidências se acumulam de que o regime Assad usou gás sarin contra as forças rebeldes e civis, matando centenas de pessoas. Especialistas em armas químicas das Nações Unidas foram enviados na segunda-feira para investigar, mas tiveram de se retirar depois que seus veículos foram atacados por franco-atiradores. O secretário de Estado dos EUA John Kerry disse na segunda-feira que é “inegável” que armas químicas foram usadas na Síria.
A Síria tem constituído seu suprimento de armas químicas com a ajuda de vários países, nomeadamente a Rússia, China, Irã, Iraque e Coreia do Norte. O regime de Assad é agora capaz de produzir e adaptar produtos químicos para armamentos, mas depende de importações para os ingredientes químicos, segundo um relatório de 20 de agosto do Serviço de Pesquisa do Congresso.
“Eles estão recebendo uma grande quantidade de embarques da China e da Rússia”, disse Terry Minarcin, um agente aposentado da NSA. De acordo com Minarcin, a Rússia (e, anteriormente, a União Soviética) enviou carregamentos de armas químicas e biológicas para a Síria, Iraque e partes do Líbano desde a Guerra Irã-Iraque na década de 80. “A China se envolveu porque era intermediária no desenvolvimento de mísseis da Coreia do Norte e do Irã e posteriormente para outras tecnologias de fabricação de armas nucleares”, disse ele.
Kerry Patton, um especialista em terrorismo e inteligência e autor de “Contracted: America’s Secret Warriors”, disse que algumas das armas também vieram por meio do Iraque. “Sabemos que Saddam [Hussein] transferiu algumas de suas armas do Iraque para a Síria”, disse ele, lembrando também que as armas químicas vêm através da Rússia e da Coreia do Norte com a China como intermediária.
Embora seja sabido que o regime de Assad mantém um suprimento de armas químicas, a quantidade exata é desconhecida. “O regime do presidente Bashar Al-Assad teria estoques de agentes nervosos (sarin, VX) e de erupção cutânea (gás mostarda), possivelmente adaptados em bombas, munições e mísseis, além de instalações de produção associadas”, afirma o relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso.