Cientistas identificaram nódulos amarelados em tumbas, no noroeste da China, como sendo queijos de cerca de 3600 anos.
Arqueólogos da Alemanha e da China coletaram amostras do material, que foi recolhido a partir de 10 sepulturas de múmias no cemitério Xiaohe, no deserto de Taklamakan, na região de Xinjiang.
A análise química das proteínas revelaram que os nódulos eram de queijo kefir, que datam de 1615 aC. Eles podem ter sido ofertados em homenagem aos mortos ou ainda para servirem de alimento na vida após a morte.
O local onde ocorreram as descobertas possui tumbas da idade do bronze e foi descoberto no início do século passado, tendo mais de 30 cadáveres conhecidos como as múmias Taklamakan. Acredita-se que eles podem ter se originado do povo caucasiano que povoou a China, que pode ter trazido o conhecimento da fermentação do leite com eles.
Um dos corpos pertencia a uma mulher jovem, apelidada de Beauty of Xiaohe, e especialistas dizem que ela é tão bem preservada que parece ter morrido recentemente. Parte do queijo kefir foi encontrado em torno de seus pescoço e busto.
De acordo com a equipe de pesquisa, estes são os mais antigos exemplares de queijo conhecidos no mundo. Eles são anciãos, no entanto, há evidências da fabricação de queijos ha 8.000 anos atrás, pois resíduos antigos de gordura de leite foram encontrados em cerâmicas do norte da Europa e da Turquia.
Os resultados foram publicados no Jornal de Ciência Arqueológica.