Qual a condição dos desabrigados em sua cidade?

21/06/2013 01:26 Atualizado: 16/10/2013 12:55

Pessoas ao redor do mundo estão preocupadas com os cuidados aos desabrigados e como eles podem obter vantagens com os programas estabelecidos para a questão. Isto é o que repórteres do Epoch Times, do Brasil à Grécia, descobriram quando perguntaram aos habitantes locais:

Qual a condição dos desabrigados em sua cidade?

Maria Cirlene Conceição Santana, 43 anos, líder comunitária - Salvador, Bahia, Brasil
Maria Cirlene Conceição Santana, 43 anos, líder comunitária – Salvador, Bahia, Brasil (Epoch Times)

“A maioria das pessoas que vêm ao abrigo estava vivendo com apoio, e outros vêm porque não têm um lugar para morar. Um processo de registro sócio-econômico da família ajuda na prestação de serviços e cursos profissionalizantes para que as pessoas entrem no mercado de trabalho. Uma grande parte da população brasileira é socialmente vulnerável. Um programa do governo chamado “Minha Casa, Minha Vida” é o que deveria ser um direito constitucionalmente garantido de obter uma casa. É frustrante e, infelizmente, nem todas as pessoas e famílias necessitadas podem ter uma casa. É notório que muitos brasileiros se conformam em ter muito pouco.”

Sudhakshina Shivkumar, 20 anos, dançarina - Dubai, Emirados Árabes Unidos
Sudhakshina Shivkumar, 20 anos, dançarina – Dubai, Emirados Árabes Unidos (Epoch Times)

“Dubai é conhecida por seus edifícios altos e luxuosos. Infelizmente, sob esse brilho e glamour se esconde uma imagem escura. Ainda há muitos lugares que estão em mau estado e não estão sendo cuidados, pois o cuidado é dado para satisfazer os turistas [em vez] de cuidar dos trabalhadores, que dormem embaixo de árvores, neste calor escaldante, apenas para terem um abrigo.”

Stanislav Levitsky, 41 anos, funcionário de empresa de comunicação - Kiev, Ucrânia
Stanislav Levitsky, 41 anos, funcionário de empresa de comunicação – Kiev, Ucrânia (Epoch Times)

“Eu vi recentemente um programa de TV sobre essa questão. Infelizmente, há um número suficiente deles [moradores de rua]. Não é só um problema governamental, há também um problema no nível humano, pois muitas pessoas dão à luz e abandonam a criança. Eu não sei como lidar com isso, eu não pensei sobre isso. Mas há um problema e ele tem que ser resolvido com urgência, o mais rápido possível.”

José Mora Serrano, 35 anos, Padeiro - San Roque, Cádiz, Espanha
José Mora Serrano, 35 anos, Padeiro – San Roque, Cádiz, Espanha (Epoch Times)

“Na minha área há muitas pessoas que não têm um lar, de uma hora para a outra eles passam a viver nas ruas. Alguns tiveram que ir para as casas de seus pais ou avós. Eu também conheço pessoas que ocuparam casas vazias que são de propriedade de bancos, porque esses bancos têm que despejar muitas pessoas pelo não pagamento de suas hipotecas, e há outras que emigraram para o exterior. Aqui na Espanha, por causa da falta de trabalho, muitos, especialmente os jovens casais, já não podem pagar suas hipotecas e por isso não podem manter suas casas.”

Giovanni Ottolini, 39 anos, carpinteiro - Suisun City, Califórnia, EUA
Giovanni Ottolini, 39 anos, carpinteiro – Suisun City, Califórnia, EUA (Epoch Times)

“Muitas pessoas escolhem ser desabrigadas. Na minha comunidade existem programas nos quais se você está com fome, eles o ajudam. Alguns optam por não ir até lá, seja qual for o motivo… Eles estão por toda parte, eles são muito visíveis, e isso é o que é problemático… [Há] vandalismo, os acampamentos que eles fazem são imundos, eles cometem invasões… Há pessoas que estão desabrigadas por motivos quaisquer que sejam, e elas conseguem sair dessa situação, porque elas trabalham para isso. Não é fácil. Eu mal consigo manter minha casa. As pessoas dizem que é muito difícil [manter uma casa]. É por isso que estão desabrigadas.”

Konstantinos Penous, 39 anos, desempregado - Atenas, Grécia
Konstantinos Penous, 39 anos, desempregado – Atenas, Grécia (Epoch Times)

“No centro da minha cidade, Atenas, tenho visto muitas pessoas desabrigadas, mas em minha comunidade nem tantas, porque não há [condições que propiciem o desabrigo].”

Anita Qvarfordt, 69 anos, enfermeira assistente - Eslöv, Suécia
Anita Qvarfordt, 69 anos, enfermeira assistente – Eslöv, Suécia (Epoch Times)

“Eu acho que é um desastre. Cada pessoa tem o direito de ter uma casa, não importa quem ele/ela seja, e que tipo de vida tenha, não importam as circunstâncias.”

Melva John, 46 anos, artista visual - Toronto, Canadá
Melva John, 46 anos, artista visual – Toronto, Canadá (Epoch Times)

“Minha opinião é que 25 por cento das pessoas estão desabrigadas em Toronto. Eu tenho feito minha pesquisa. Eu já estive desabrigada, é por isso que eu sei o quanto [de desabrigados] existe. As pessoas não sabem sobre isso. Se você vai para os abrigos, eles lhe dão uma cotação específica. É triste. É realmente triste. Tudo isso tem a ver com a saúde mental. Isso é realmente uma doença, muito do desabrigo está relacionado ao alcoolismo ou ao uso de drogas.”

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