“Puxando as mudas para ajudá-las a crescer”

08/10/2013 14:57 Atualizado: 08/10/2013 14:57
Origem da expressão idiomática 拔苗助長 (bá miáo zhù zhǎng)
Um agricultor impaciente puxa as mudas tentando ajudá-las a crescer, o que resultará apenas na destruição da plantação (Zhiching Chen/Epoch Times)
Um agricultor impaciente puxa as mudas tentando ajudá-las a crescer, o que resultará apenas na destruição da plantação (Zhiching Chen/Epoch Times)

A expressão idiomática “puxando as mudas para ajudá-las a crescer” origina-se do texto chinês “公孫丑上” (Gōng sūn chǒu shàng), de autoria de Mêncio (372-289 a.C.), um dos grandes filósofos na história da China e o mais famoso discípulo de Confúcio.

No artigo, ao abordar as questões de Gong Sun Chou, o jovem discípulo, Mêncio conta sobre um agricultor impaciente que viveu no Estado de Song no Período dos Estados Combatentes (475-221 a.C.).

O agricultor queria que suas mudas crescessem rápido. Durante uma semana inteira, ele observou as mudas com expectativa e ficou desapontado com a pouca diferença dia após dia. Insatisfeito e ansioso com a lentidão, ele tentou encontrar maneiras de obter resultados mais rápidos.

Um dia, ele teve a ideia de puxar as mudas levemente para ajudá-las a crescer. Ele ficou muito animado com este plano e correu para o campo mais cedo na manhã seguinte. O agricultor puxou as mudas do chão uma a uma. Ele trabalhou com muito afinco e estava muito feliz quando viu que, com essa ajuda, elas realmente pareciam mais altas.

Ao cair da noite, quando ele chegou ao lar de volta do trabalho, ele disse à esposa e ao filho: “Estou exausto hoje, mas valeu a pena! Eu ajudei as mudas a crescerem mais hoje.” Ouvindo isso, o filho ficou surpreso e correu imediatamente para o campo para ver por si mesmo. Mas o que ele viu foram mudas murchas e morrendo.

Mêncio usava esta história para ilustrar que o cultivo de um espírito nobre é um processo gradual e de longo prazo e que isso não pode ser alcançado por um esforço voluntarioso e transiente.

O dizer “puxando mudas para ajudá-las a crescer” agora é usado para se referir a uma pessoa impaciente pelo sucesso que destrói as próprias condições na qual o sucesso depende ou que “estraga as coisas por excesso de zelo”. Às vezes, esta expressão também é usada para descrever alguém que acelera o ritmo natural das coisas na esperança de obter resultados rápidos ou imediatistas.