Um dia após o PMDB adotar uma postura de “independência” na Câmara em relação ao governo, outro partido da base aliada optou por tomar o mesmo caminho. Ontem (12), após reunião de bancada, o PSC disse que não vai mais enviar representantes para as reuniões da base aliada, nem na Câmara e nem no Senado.
“Não haverá oposição pela oposição. Se o governo entender que deve nos convidar, vamos estar à disposição”, disse o líder do partido na Câmara, André Moura (SE).
O PSC faz parte do chamado blocão. Liderado pelo PMDB e integrado por outros partidos da base aliada como o PTB, PP, PDT, PROS, PR e o oposicionista Solidariedade (SDD), o grupo adotou uma postura de independência em relação ao governo, motivado pelo descontentamento de congressistas com emendas que não foram liberadas ao longo do ano passado, a reforma ministerial e o debate sobre as eleições. Desde então, os parlamentares têm se posicionado contra votações de interesse do governo. Atualmente, a bancada do PSC tem 13 deputados e um senador.
Um dos motivos elencados para a mudança de rumo diz respeito ao quadro de alianças para as eleições deste ano. De acordo com a liderança do partido, uma resolução da Executiva Nacional do PSC orienta os diretórios regionais a lançar candidaturas próprias e formar chapas completas, o que coloca barreiras para alianças com o PT. A resolução determina ainda que as definições devem passar pela aprovação da executiva.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no portal EBC