Mais de mil moradores resistiram violentamente e, eventualmente, impediram uma equipe de demolição do governo local de destruir o que clamavam ser “construções ilegais” no povoado de Wangli, cidade de Wenzhou, na costa leste da China.
O governo do condado tem demolido edifícios desde o fim de abril, de acordo com a mídia do condado de Cangnan. Há aproximadamente 500 a 700 fábricas de regeneração de algodão em Wangli, e mais de 50 fábricas de algodão foram identificadas como “construções ilegais” e selecionadas para a primeira onda de demolição.
Aldeões de Wangli circularam postagens online criticando o secretário local do Partido, Chen Derong, por sua ordem de remover as fábricas de algodão. De acordo com o Chinanews.com, Chen Derong planejava aumentar a oferta de terras e, assim, reduzir o custo das casas.
Um prédio de dois andares localizado no pequeno povoado de Wangli foi identificado como uma “construção ilegal” pelo governo local e demolido na manhã de 18 de maio. Esta demolição foi confirmada por um policial civil de Wangli que falou com a NTDTV por telefone. “Devido à demolição, uma revolta estourou”, disse ele.
Poucos dias antes do governo local do condado ter dito que se os moradores se atrevessem a impedir a demolição seriam espancados. Um morador disse à NTDTV que havia centenas de pessoas na equipe de demolição do governo local, incluindo a polícia civil, a polícia de choque, oficiais da administração urbana e funcionários do escritório de terras.
“Fui para casa ao meio-dia”, disse o morador. “Disseram-me que uma briga ocorreu, e cinco ou seis pessoas foram presas.” Imagens postadas online mostram lesões num número de residentes, além de uma multidão de moradores apedrejando carros de polícia com uma saraivada de pedras e tijolos.