Protestos frustram tentativa de demolição no leste da China

21/05/2012 03:00 Atualizado: 21/05/2012 03:00

Um prédio demolido de um aldeão depois de ser avaliado ''ilegal'' pelo secretário do Partido Comunista local. (Imagem de tela da NTDTV)Mais de mil moradores resistiram violentamente e, eventualmente, impediram uma equipe de demolição do governo local de destruir o que clamavam ser “construções ilegais” no povoado de Wangli, cidade de Wenzhou, na costa leste da China.

O governo do condado tem demolido edifícios desde o fim de abril, de acordo com a mídia do condado de Cangnan. Há aproximadamente 500 a 700 fábricas de regeneração de algodão em Wangli, e mais de 50 fábricas de algodão foram identificadas como “construções ilegais” e selecionadas para a primeira onda de demolição.

Aldeões de Wangli circularam postagens online criticando o secretário local do Partido, Chen Derong, por sua ordem de remover as fábricas de algodão. De acordo com o Chinanews.com, Chen Derong planejava aumentar a oferta de terras e, assim, reduzir o custo das casas.

Um prédio de dois andares localizado no pequeno povoado de Wangli foi identificado como uma “construção ilegal” pelo governo local e demolido na manhã de 18 de maio. Esta demolição foi confirmada por um policial civil de Wangli que falou com a NTDTV por telefone. “Devido à demolição, uma revolta estourou”, disse ele.

Poucos dias antes do governo local do condado ter dito que se os moradores se atrevessem a impedir a demolição seriam espancados. Um morador disse à NTDTV que havia centenas de pessoas na equipe de demolição do governo local, incluindo a polícia civil, a polícia de choque, oficiais da administração urbana e funcionários do escritório de terras.

“Fui para casa ao meio-dia”, disse o morador. “Disseram-me que uma briga ocorreu, e cinco ou seis pessoas foram presas.” Imagens postadas online mostram lesões num número de residentes, além de uma multidão de moradores apedrejando carros de polícia com uma saraivada de pedras e tijolos.