Protestos diários em São Francisco após prisão

03/09/2012 09:05 Atualizado: 03/09/2012 09:05
Manifestantes se reúnem no Palácio da Justiça em São Francisco em 31 de agosto. Praticantes do Falun Gong realizam protestos contínuos sobre a prisão de Cao Li, uma professora de dança. (Jasper Fakkert/The Epoch Times)

Caso provoca questionamentos sobre discriminação

SÃO FRANCISCO – Protestos diários têm sido realizados em São Francisco após a prisão de uma praticante do Falun Gong no bairro chinês na terça-feira passada, um caso que levantou preocupações sobre discriminação.

Cao Li, a reitora de uma escola de artes cênicas de ensino médio e superior, graduada na prestigiosa Academia de Dança de Pequim, foi presa pela polícia depois que se recusou a assinar uma citação por uma faixa pendurada por outra pessoa.

“A prisão e detenção durante a noite da Sra. Cao é intrigante”, disse Terri Marsh num comunicado. Marsh tem aconselhado Cao Li e é diretora-executiva da Fundação Legal de Direitos Humanos.

A Sra. Cao, que está na casa dos 30, pratica o Falun Gong, uma disciplina tradicional de meditação para o aperfeiçoamento da mente e do corpo. Durante anos, os praticantes do Falun Gong têm estado presentes no bairro chinês de São Francisco, informando os transeuntes sobre a prática e a perseguição de seus adeptos na China.

Manifestantes se reúnem na Estação Central de Polícia, no bairro chinês, em São Francisco, em 31 de agosto. (Jasper Fakkert/The Epoch Times)

Cao Li tinha acabado de chegar ao local quando foi abordada por policiais que lhe pediram para assinar uma citação por pendurar as faixas. Cao Li se recusou a assinar a citação acreditando que estaria admitindo culpa por algo que não fez.

“Neste momento, ao invés de explicar em pormenor a natureza do documento que ela foi convidada a assinar, os policiais a detiveram e levaram-na sob custódia sem qualquer base legal aparente”, disse Marsh.

“A Sra. Cao parece ter sido presa sem suspeita articulável, muito menos causa provável, de conduta criminosa”, disse ela.

Cao Li foi transportada para a Delegacia de Polícia do Sul onde foi mantida durante a noite, sem saber pelo que foi detida ou que acusações poderia enfrentar. Sua prisão provocou protestos na delegacia durante a noite que continuaram nos dias seguintes.

Na sexta-feira foram realizados protestos em frente ao Palácio da Justiça, próximo a Rua Stockton no bairro chinês, e em frente à estação de polícia local, a Estação Central.

Manifestantes se reúnem no Palácio da Justiça, em São Francisco, EUA, em 31 de agosto. (Jasper Fakkert/The Epoch Times)

Estando diante do Palácio da Justiça, que é a sede da Delegacia do Sul, onde ela foi detida durante a noite, a Sra Cao disse que veio apelar porque foi presa sem motivo.

De pé, com panfletos na mão na Rua Stockton, Jenny Zhang disse que veio ao bairro chinês em resposta à prisão.

“Há pessoas no bairro chinês que são fortemente influenciadas pelo Partido Comunista Chinês, que persegue o Falun Gong na China. Essas pessoas gostariam de ver o Falun Gong fora do bairro chinês. Viemos aqui hoje porque gostaríamos que essas pessoas soubessem que o Falun Gong é bom”, disse Zhang.