Apesar de se lançar no mercado mundial como uma “economia emergente”, a China, tradicionalmente, é um país agrário. Por séculos, os chineses tiraram seu sustento da agricultura, o que se reflete na formação da ideologia do povo chinês, que valoriza o cultivo do próprio alimento e o repúdio ao desperdício. Porém, na China atual, o que se presencia é um chocante contraste entre o desperdício dos que têm comida de sobra e o drama dos que pouco têm para comer. As imagens abaixo são bastante ilustram a extrema polarização social que tomou forma na China hodiernamente.
Na China continental, grande parte dos funcionários públicos desfruta do privilégio da gratuidade alimentar, ou seja, esses funcionários têm o direito de comer em restaurantes de luxo sem precisar pagar absolutamente nada, pois a conta é paga com dinheiro público. É evidente que tal política institucional sem supervisão gera muito desperdício, além de consumo desenfreado e irresponsável. Segundo um estudo estatístico feito por uma universidade chinesa, a estimativa conservadora é que o desperdício oriundo das refeições em restaurantes de luxo na China some 8 milhões de toneladas de proteínas e 3 milhões de toneladas de lipídios por ano, o suficiente para garantir a subsistência de 200 milhões de pessoas no mesmo período.
No outro extremo, as coisas são bem diferentes. Em grande parte do território chinês, a escassez de alimento continua sendo um problema crônico. Para quem vive em regiões atrasadas, principalmente rurais, é luxo ter uma refeição diária que se limite a uma tigela de canja e algumas batatas. Milhões de estudantes dependem da merenda escolar para sobreviver e encontram motivação para irem à escola na garantia de não morrerem de fome. Em épocas de recesso escolar, é comum crianças morram de fome, pois os pais não conseguem sustentá-las sem a merenda fornecida pela escola. Muitas dessas crianças não acreditaram quando lhes foi dito que, em seu próprio país, havia pessoas que não davam valor à comida; algumas crianças chegaram a pensar que se tratava de uma história para entretê-las.
—
Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.
Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT
Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT