Após receber relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), representantes solicitaram, após a reunião do Senado de 10 de janeiro, algumas decisões para combater a pobreza, como parte dos objetivos de desenvolvimento.
A OCDE disse em 8 de janeiro que as reformas feitas pelo México não são suficientes. “As impressionantes reformas estruturais recentemente aprovadas (em questões de trabalho, concorrência, educação, energia, setor financeiro, emprego, infraestrutura, telecomunicações e sistema de tributação) podem ter um impacto econômico significativo, mas devem ser acompanhadas de ações decisivas para melhorar o funcionamento das instituições judiciais, fortalecer o Estado de direito, resolver os problemas de segurança e combater a corrupção.
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O senador Alejandro Encinas Rodríguez reconheceu que os objetivos de desenvolvimento para 2015 só poderão ser alcançados se o Congresso e o governo forem capazes de desenvolver indicadores específicos para enfrentar desafios como a inclusão social e a redução da desigualdade, informou a Câmara em 10 de janeiro.
O embaixador Juan Manuel Gómez Robledo, subsecretário de Assuntos Multilaterais e Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores, também observou na reunião que “é preciso combater as causas da pobreza e da exclusão, presente em todas as sociedades”.
Segundo a OCDE, o “México tem agora uma oportunidade única para aumentar significativamente suas taxas de crescimento econômico e garantir a convergência das normas nos países avançados da OCDE; reduzir a elevada informalidade no mercado de trabalho e diminuir os altos níveis de pobreza e desigualdade de renda e de oportunidades”, comunicou em 08 de janeiro.
Para que o México possa se desenvolver, a organização recomenda ações para reduzir a desigualdade de renda e de oportunidades, combater a pobreza e promover a participação das mulheres no mercado de trabalho.
Baseada nestas ações, a OCDE observou que são requeridas “novas reformas na área da educação, promoção do acesso a serviços de saúde e cuidados infantis de qualidade, novos sistemas de seguro-desemprego e pensão universal, assim como a continuidade do programa de transferência de renda”.
“A redução da desigualdade de renda não só melhora o bem-estar, mas também dá suporte ao crescimento econômico”, disse Angel Gurria, secretário-geral da OCDE.
Na reunião do Senado em 10 de janeiro, Dionisio Pérez Jacome, Representante Permanente do México na OCDE, disse que em 2015 “será a primeira vez em que, apesar da conjuntura internacional, a humanidade contará com recursos financeiros e tecnológicos para acabar com a pobreza e a exclusão social “, segundo o relatório da Câmara.
Ele disse que “a organização deu um passo no combate aos fluxos financeiros ilícitos”. Ele acrescentou que estima-se que os valores provenientes da evasão fiscal e corrupção anualmente triplicam os recursos da assistência oficial ao desenvolvimento concedidas aos países em desenvolvimento”.