Promotor diz ter provas para denunciar Lula

24/01/2016 01:55 Atualizado: 24/01/2016 01:55

Uma das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, a OAS, reformou e mobiliou um tríplex de propriedade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esta informação foi confirmada pelo Ministério Público de São Paulo, que deverá, por este motivo, denunciar o ex-presidente por ocultação de propriedade.

O promotor de justiça de São Paulo, Cassio Conserino, concedeu entrevista recente à revista Veja, na qual afirma que tem indícios suficientes para denunciar Lula por ocultação de propriedade.

As provas de que o ex-presidente é proprietário do tríplex no Guarujá constam supostamente de um documento que embasa a denúncia que será executada contra Lula, documento que a reportagem da Veja diz ter acesso. A ligação do ex-presidente com empresários denunciados na Operação Lava Jato tem como “evidência material” mais visível o tríplex, no entendimento do Ministério Público, segundo a reportagem da Veja.

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Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira, condenado pela Justiça com base nas investigações da Operação Lava Jato, teria recebido um pedido de Lula para que a OAS assumisse a construção do prédio em que fica o tríplex, devido à falência da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). O promotor Conserino disse que tanto Lula quanto sua esposa, Marisa Letícia, serão chamados a depor, e que a mulher do ex-presidente também será denunciada.

O imóvel estaria registrado em nome da OAS e a família de Lula não seria a dona do tríplex. Além disso, as cotas de um apartamento no edifício teriam sido compradas pela mulher do ex-presidente, segundo afirmou o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Lula ainda poderá alegar esse fato ao apresentar sua defesa ao promotor do caso.

A parceria de Lula com a empreiteira OAS teria como evidência material mais visível o tríplex no Guarujá, foi o que concluíram os promotores, que se dedicaram a esquadrinhar a relação entre a OAS e o patrimônio imobiliário de Lula durante seis meses, segundo informou a Veja.