A promoção de guardas e oficiais chineses e a redução da pena de prisioneiros no Presídio Deyang, na província de Sichuan, China, depende de como eles tratam os presos ou companheiros de cela que são praticantes do Falun Gong. Se não maltrataram os praticantes, os guardas sofrem penalidades, são rebaixados de posto ou tem seus bônus retidos. Isto motiva a maioria dos guardas a participar ativamente dos maus-tratos.
Quanto aos presos, existe um sistema de pontuação para a redução de pena nas prisões chinesas. Uma pontuação de 100 ou mais significa que a condenação será reduzida em um ano ou mais. A cada cinco ou dez pontos, significa uma redução adicional de mais um mês, podendo chegar até 120 pontos. Para obter mais pontos, é necessário trabalhar em tempo integral para alcançar no máximo oito ou nove por mês. Em média, obtém-se entre cinco e sete pontos por mês, mas há também pontuações baixas de dois ou três.
Quando os presos participam nos maus-tratos aos praticantes do Falun Gong, eles não precisam trabalhar e obtém facilmente oito pontos por mês. Se conseguirem fazer um praticante renunciar à sua crença, obterão 15 a 20 pontos extras. Se não puderem completar as tarefas que lhes foram confiadas, eles perdem pontos. Os presos, consequentemente, investem todo o seu ódio contra os praticantes que não renunciam à sua fé e usam inúmeras táticas para forçar os praticantes a renunciar à sua fé.
Todos podem maltratar aos praticantes
O ex-preso Wu Keming da sexta ala no Presídio Deyang foi um dos reclusos mais cruéis. Ele era particularmente especialista em atormentar os praticantes, e se tornou famoso por isso.
“Não tenho outra habilidade, mas sou bom em torturar pessoas. Se alguém prejudicar meus interesses pessoais, mesmo que seja meu pai, não pensaria duas vezes em torturá-lo. Não hesitarei em torturar ninguém. Você não faz ideia dos métodos que uso. Farei você acreditar que é melhor estar morto do que vivo”, disse Wu Keming.
Um preso contou a um praticante: “Os praticantes tem passado maus bocados ali. Todos os maltratam.” Uma vez, ele viu um guarda piscar para uns 8 presos, que então começaram a golpear um praticante. Outra vez, seis presos cobriram a cabeça de outro praticante com um cobertor e começaram a espancá-lo.
Cadeia de comando na prisão
Os praticantes do Falun Gong encarcerados no Presídio Deyang são supervisionados pelo mesmo sistema da Agência 610 – uma subdivisão da polícia política do Partido Comunista Chinês encarregada de erradicar o Falun Gong –, que tem um escritório dentro da prisão e um diretor-adjunto, um chefe do departamento de reeducação e gerentes-adjuntos em cada ala prisional. Eles estão no comando e conduzem diretamente a perseguição aos praticantes. Cada ala tem seu próprio sistema associado à Agência 610, sob a coordenação de um gerente-adjunto e um guarda. Dois presos selecionados cuidadosamente pelos guardas executam as tarefas.
Dois ou três presos vigiam cada praticante dia e noite, seja durante as refeições, quando dormem, trabalham e inclusive quando vão ao banho. Não é permitido que praticantes se aproximem uns dos outros, se cumprimentem ou falem entre si, muitos menos são permitidos que façam os exercícios do Falun Gong nem que digam “Falun Dafa Hao!”
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Nota do tradutor: “Falun Dafa Hao!” é uma expressão chinesa que significa liberalmente “Falun Dafa é bom!”. Mas também uma forma de expressar coragem e esperança, normalmente dita pelos praticantes do Falun Dafa para alertar às pessoas que não há motivos para a perseguição ao Falun Dafa, e incentivar as pessoas a despertarem e não acreditarem nas mentiras propagadas pelo Partido Comunista Chinês que alegam que o Falun Gong seria um “culto maligno”. De fato, o Falun Gong atingiu o número de mais de 100 milhões de praticantes na China, os quais observaram melhoras notáveis na saúde, no estado de espírito, comportamento, serenidade, paz interior, entre outros benefícios individuais e à sociedade como um todo.
Esta matéria foi originalmente publicada pelo Minghui.org