Após a anexação boçal e despótica da Crimeia, não reconhecida internacionalmente, o presidente Vladimir Putin apresentou ao Parlamento russo um projeto de lei que cria uma zona destinada a jogos de azar e cassinos, visando atrair a indústria da imoralidade para aquela região.
“Considerando que a Crimeia vai se tornar uma das regiões mais desenvolvidas da Rússia, e considerando a criação de uma possível zona de livre-comércio, uma zona de jogos tem todas as condições de atingir uma projeção mundial e se tornar uma concorrente de territórios como Macau, Mônaco ou Las Vegas”, afirmou Putin ao introduzir o projeto.
A nova zona de imoralidade não seria a primeira, mas a quinta na Rússia onde as atividades ligadas à jogatina de dinheiro podem se expandir livremente, informou a FranceTVinfo.
As novas autoridades locais da Crimeia poderão limitar apenas a zona de perdição. Elas hesitam entre estender o projeto à península toda ou circunscrever a nova “Las Vegas” a alguma região perto das estações balneárias de Yalta e Aluchta.
O singular nesta iniciativa presidencial é que Vladimir Putin pronuncia discursos apresentando-se como defensor da moralidade, da família, da civilização cristã e dos valores culturais cristãos, para consumo de ingênuos, cúmplices, ou de novos amigos que ele tenta ludibriar no Ocidente.
Agora, ele projeta instalar na Crimeia o negócio da corrupção que ele reprova nos EUA, na Europa e nos países que ele acusa de serem carcomidos pelo dinheiro, pelo capitalismo, pelas fortunas odientas ou obtidas por explorações reprováveis, pelo hedonismo e imoralidade.
Dos cúmplices da “manobra Putin” não se pode esperar que mudem de posição diante desta evidência.
Mas, os ingênuos ou enganados abrirão os olhos para as astúcias do restaurador do novo comunismo e da “nova URSS”?
Essa matéria foi originalmente publicada pela Mídia Sem Máscara