Projeto de lei que expulsa 40 mil beduínos do deserto do Negev, Israel, é condenado pela ONU

26/07/2013 13:07 Atualizado: 26/07/2013 14:51
Crianças beduínas que tiveram suas casas tomadas pelo exército de Israel (Phoebe Greenwood/IRIN)

A Alta comissária para os direitos humanos, Navi Pillay, pediu nesta quinta-feira (25) ao governo israelense para reconsiderar a proposta de lei que regulariza a moradia dos beduínos do deserto de Negev. Caso a lei seja aprovada, 35 vilas serão demolidas e aproximadamente 40 mil beduínos serão expropriados e expulsos de suas terras.

“Como cidadãos de Israel, os beduínos têm os mesmos direitos que qualquer outro grupo no país”, afirmou Pillay. “O governo deve reconhecer e respeitar os direitos específicos de suas comunidades beduínas, incluindo o reconhecimento das reivindicações de posse de terra.”

Em um comunicado à imprensa divulgado pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), Pillay disse estar alarmada com o fato da lei não reconhecer a propriedade de terra dos beduínos no deserto de Negev. O projeto oferece uma remuneração limitada sob a condição que os beduínos se mudem para um dos sete municípios criados pelo governo especialmente para eles.

A chefe da ONU para os direitos humanos acrescentou que a aprovação da lei irá dizimar a vida cultural e social do povo árabe em nome do desenvolvimento e que é lamentável que o governo de Israel continue com uma política discriminatória contra os seus próprios cidadãos árabes.

Pillay concluiu dizendo que a reconsideração do projeto deve envolver um processo genuinamente consultivo e participativo que englobe todos os representantes das comunidades beduínas do Negev.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil.

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