Times de pesquisadores exploram vila de pescadores de 5 mil anos
Arqueólogos e estudantes começaram sua pesquisa anual de artefatos antigos na costa sul da Colúmbia Britânica, Canadá, escavando as ruínas de uma vila de pescadores de 5 mil anos, outrora ocupada pelos antepassados da hodierna Primeira Nação Shíshálh (Sechelt).
O Projeto de Pesquisa Arqueológica Shíshálh, uma colaboração do Museu Canadense da Civilização, da Universidade de Toronto e da Nação Shíshálh, começou em 2009 e visa adquirir maior conhecimento sobre o longo uso das terras Shíshálh, enquanto se explora a vida desta Primeira Nação que habitou as ilhas ao norte do Mar Salish.
O projeto também espera aumentar a conscientização sobre a história Shíshálh e introduzir os jovens Shíshálh a carreiras de ciências sociais. Como o local da escavação é perto da cidade de Sechelt, o acesso dos alunos da Primeira Nação é relativamente fácil, o que os permite participar das escavações anualmente junto com estudantes universitários de Ontário e da Colúmbia Britânica.
“Trabalhando em parceria com o Museu Canadense da Civilização e a Universidade de Toronto, testemunhamos muitos benefícios para nossa comunidade”, disse o chefe Sechelt Garry Feschuk.
“Um dos benefícios foi ter nossos alunos mergulhados em nossa história e aprendendo sobre uma importante atividade acadêmica. Estamos muito satisfeitos com o trabalho que tem sido realizado e animados com o futuro.”
A atividade tem produzido muitos tesouros preciosos nos poucos anos desde que a escavação começou. Uma das descobertas mais conhecidas ocorreu em 2010, quando 350 mil contas de pedra foram desenterradas do túmulo antigo de um chefe Shíshálh. A descoberta inédita solidificou o sítio arqueológico como um dos mais importantes da província.
“Quando estes arqueólogos descobrem um peso de pedra de uma antiga rede de pesca ou um tesouro de pérolas decorativas no local do enterro de um chefe ancestral, isso representa uma conexão tangível entre nós e os povos do passado distante”, disse Dean Oliver, diretor de pesquisa do Museu Canadense da Civilização.
“Estas descobertas são especialmente comoventes para o povo da Primeira Nação Shíshálh, cujas mãos dos antepassados forjaram os artefatos que encontramos hoje ao longo da costa.”
Os pesquisadores dizem que a maioria dos artefatos descobertos até agora este ano estão ligados à colheita de alimentos e à pesca, tais como pontas de ossos, furadores e facas, que tem proporcionado uma visão sobre as práticas antigas do processamento da pesca.
Escavações de anos anteriores concentraram-se na pesquisa da costa local, da arqueologia familiar e funerária e na escavação de aldeias e acampamentos.
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