Eletronuclear continua a lutar pelo licenciamento da usina Angra 3. Além de se submeter ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), assim como as hidrelétricas e termelétricas, a usina também precisa receber o aval da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A Angra 3 já tem licença de construção, mas ainda deve cumprir as condições do CNEN. O superintendente da Eletronuclear, Ronaldo Oliveira, diz que a empresa já cumpriu mais da metade dos cerca de 30 condicionantes, e que é necessário fechar o conjunto para receber a licença de operação.
O executivo diz que os múltiplos licenciamentos não são um problema. Para ele, o CNEN tem um foco específico, que é a garantia de segurança na operação da usina, diferentemente do IBAMA, que olha para o impacto ambiental dos empreendimentos. No entanto, ele confessa as burocracias do licenciamento ambiental tornam o processo mais lento e difícil.
“A lei demanda um tempo maior para que sejam feitas algumas condicionantes que o Ibama coloca. Ele dá 120 dias de prazo para que algo seja feito. Nesse prazo nós nem conseguimos contratar a empresa que vai fazer o serviço”, explica.
Para o executivo, a experiência que fica para a estatal é apenas a do licenciamento, já que no caso de implantação de novas usinas elas serão mais modernas do ponto de vista de potência, segurança e operação. Após o término da montagem eletromecânica, a Eletronuclear já vai pedir à CNEN a autorização para trazer o combustível para Angra 3.