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A profunda ligação entre arte e elevação moral

27/08/2014

NOVA YORK – Gary Hao Xian Liu é um dos jovens chineses no estrangeiro que tem redescoberto suas raízes por meio da dança e, nesse processo, ele tem descoberto uma profunda ligação entre a arte e a elevação moral.

Tendo crescido em Sydney, Austrália, Gary Liu tinha um forte desejo de conhecer mais sobre sua herança chinesa. Ansioso por aprender, ele escolheu a dança clássica chinesa.

“Eu comecei a descobrir os significados internos e quão expressiva é a dança clássica chinesa; isso me fez gostar mais e mais”, diz ele.

Agora, Gary Liu é um experiente bailarino clássico chinês. Ele começou a se apresentar no palco com a Companhia de Artes Shen Yun em 2007 e, em 2008, recebeu uma menção honrosa na categoria júnior masculina da Competição Internacional de Dança Clássica Chinesa da NTDTV.

A dança chinesa é vasta e profunda, diz o Sr. Liu.

“Há a pura dança clássica chinesa, há danças que contam histórias e também danças étnicas e folclóricas; cada uma com seu próprio sentimento”, descreveu ele. “Quando dançamos, tentamos retratar esses sentimentos. Por exemplo, a dança mongol tem um forte sentimento de valor próprio e franqueza. Primeiro, eu tento ter esta sensação intimamente e, então, tento levá-la ao público.”

Numa das peças de dança de 2011, o Sr. Liu interpretou o papel de Zhu Bajie, um personagem desajeitado e cômico da obra clássica da literatura chinesa ‘Jornada para o Oeste’. Além de ter de usar uma roupa ‘gorda’ que dificultava bastante dançar, o Sr. Liu também teve de retratar uma personalidade que era muito diferente da sua.

“Esse tipo de personagem realmente exige que você deixe de lado sua maneira própria de ser e retrate o personagem”, diz ele. “Isso é a dança; você tem de retratar algo completamente diferente em muitas ocasiões.”

“Eu definitivamente aprendi muito com esse papel. Qualquer papel que eu desempenhe no futuro, eu serei capaz de incorporar o personagem com muito mais facilidade.”

O padrão moral é fundamental para a expressão na dança

A dança chinesa é principalmente sobre como expressar-se, diz o Sr. Liu, e ter um bom caráter ajuda na dança.

“Na cultura chinesa, acredita-se que o que você tem no interior refletirá no exterior”, diz ele. “Há muito sobre cultivar a própria natureza, assim, aquilo que você expressar será também belo e correto.”

“Acho que é muito importante ter um alto padrão moral. […] Como um dançarino, é isso que você expressa, é isso que as pessoas vêm. [O público] pode sentir o campo, um campo de compaixão. É isso que você emana do interior. Não é apenas um simples movimento de dança, uma técnica ou uma pose. Por trás disso, há um profundo significado. Para expressar essa sensação de profundidade, você precisa ter isso em si.”

A fim de cultivar esse estado de espírito quando dança, o Sr. Liu disciplina-se na vida diária e tenta ser compassivo e atencioso com as outras pessoas.

“No passado, os padrões morais chineses eram muito mais elevados”, diz ele. “Quando tento incorporar isso em minha vida, fica muito mais fácil expressar esse sentimento na dança.”

Ser altruísta

Um aspecto particular que o Sr. Liu e seus colegas dançarinos enfatizam é ser altruísta e trabalhar em conjunto.

“Algumas pessoas pensam que, se você é um bom artista, você pode se exibir para os outros. Mas o valor das artes cênicas é o que você realmente dá à audiência. Quando você se apresenta desinteressadamente para o público, eles podem sentir isso”, explica ele.

Gary Liu e seus colegas dançarinos são muitas vezes elogiados pela sincronização que mostram em suas danças de até 20 pessoas. Isso é possível porque cada bailarino está consciente de como o grupo se parece como um todo e não tenta se destacar em detrimento dos outros. O Sr. Liu contou que ele e seus companheiros de palco praticam e ensaiam juntos por horas a fio todos os dias e repassam a dança inúmeras vezes até que os movimentos de todos, incluindo a forma como as pontas dos dedos se movem, sejam idênticos.

“Chega um momento em que todos simplesmente sabem. É um sentimento intangível, em que todos estão em uníssono”, diz ele. “No começo, você pode contar as batidas e pensar em como este ou aquele movimento ocorre, mas com o passar do tempo, prevalece uma sensação de que estamos todos juntos. Você não depende mais de qualquer recurso.”

“Isso só é possível se você deixar de lado sua individualidade e privilegiar o conjunto. Quando você consegue fazer isso, o poder é enorme e o público sente isso”, acrescenta ele. “Após a conclusão do show, durante a chamada final da cortina, costumamos ver o público de pé aplaudindo e, naquele momento, eu sinto que eles realmente entenderam a mensagem que tentamos transmitir.”

Para mais informações, visite: ShenYunPerformingArts.org