Às 8h da manhã desta quarta (16) a Polícia Civil e os professores estaduais da Bahia iniciaram uma paralisação de 24 horas, quase 10 horas após a decretação da greve da Polícia Militar, anunciada na noite de terça-feira (15).
Segundo Marcos de Oliveira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (Sindpoc), a paralisação interrompe os trabalhos da perícia, as investigações criminais e os registros de queixas que estejam fora das autuações em flagrante. Entretanto, 30% do efetivo garantirá atendimentos relacionados a prisões em flagrante, levantamentos cadavéricos, crimes contra a criança e atentados à vida.
Oliveira ressalta em comunicado que “Queremos discutir uma mudança de gestão que garanta melhorias no atendimento à sociedade. Esperamos mudanças que priorizem melhorias na estruturação e investimentos na capacitação”. A antecipação da aposentadoria dos homens da polícia de 35 para 30 anos e das mulheres de 30 para 35 e o pagamento relacionado às perdas salariais decorrentes da mudança do Cruzeiro Real para a Unidade Real de Valor (URV) em 1994, estão entre as principais reivindicações dos policiais.
Juntamente com os agentes das polícias, os professores estaduais da Bahia participaram da assembleia desta quarta-feira no ginásio de esporte dos Bancários, no bairro dos Aflitos em Salvador, para discutir propostas que serão entregues ao Governo do Estado. Os servidores afirmam que não aprovam o projeto de lei que define o reajuste dos funcionários do Estado parcelado em duas vezes.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Marilene Betros, os docentes e demais servidores são contrários à proposta de governo de dividir o pagamento do reajuste linear em duas vezes, 2% em abril (retroativo a janeiro) e 3,91% em julho, e cobram o pagamento da Unidade de Real Valor (URV).