O visionário pintor surpreendeu o mundo ao deixar o que chamou de psicografias premonitórias
O visionário pintor argentino Benjamín Solari Parravicini (1889-1974) surpreendeu o mundo ao deixar o que ele chamou de psicografias premonitórias, desenhadas por ele entre 1936 e 1972. Algumas delas podem associar-se precisamente ao novo Papa Francisco e a situação do Vaticano.
Parravicini foi um pintor de sucesso internacional e se tornou famoso com o relato da morte de Alfonsina Storni. Ele contou que acordou sentindo cheiro de mar e que sentiu que algas obstruíam a voz de uma mulher que se encontrava no mar separando-se da vida. Por fim, ela seria a poetisa que morreu afogada em outubro de 1938.
Além de seus quadros como pintor, ele deixou mais de mil dessas psicografias, algumas delas muito reveladores, como sobre as torres gêmeas, Mussolini, Hitler e outras.
Chega uma nova era
Em sua psicografia intitulada “Chega a nova era!”, feita em 1972, Parravicini escreve: “Chega a nova era! O mundo disfarçado. Máscara perene” na parte superior e “A igreja entregará sua outorga com a renúncia do papado e o novo será jovem de ideias” na parte inferior.
O artista argentino fala de uma renúncia do papado, algo incomum no Vaticano, como visto na renúncia de Joseph Ratzinger em seu papel de Papa Bento XVI. O novo papa é precisamente “jovem de ideia” e não de idade, segundo o texto, como novo Papa Francisco, o jesuíta argentino.
Desde seu primeiro dia, ele rejeitou os antigos costumes do Vaticano, desde a vestimenta, o uso de joias de valor, automóveis de luxo e declarou que em seus aposentos podiam caber cerca de 300 pessoas. Em seguida, declarou que queria “uma igreja para os pobres”, ressaltando ainda que o centro da instituição não está no papado, mas em suas crenças.
Da Argentina
Na imagem da esquerda do topo, observamos a psicografia que descreve em latim um ‘rei argentino’: “Mistura de raças. Argentina. Cristo Rei. Novas correntes de sangue feliz”, escreveu Parravicini.
Pela imagem e palavras em latim, alguns associaram que quem governa a igreja católica é de origem argentina, como o Papa Francisco, embora isso não esteja claro.
Os dois papas
Outra psicografia (a primeira da esquerda acima) é muito chamativa ao mostrar dois papas de uma vez, algo extremamente raro no Vaticano, mas coincidente ao que existe hoje.
Parravicini escreve: “O que? Divergências! O novo Papa será logo de árduas lutas internas. Duas luzes diferentes. Duas verdades, dois problemas. Avançará o confucionismo e, dele, emergirá o inesperado.”
A renúncia de Joseph Ratzinger do papado ocorreu após um ano de árduas lutas internas, que inclusive levaram ao cárcere seu secretário pessoal. Revelaram-se então documentos secretos do Vaticano que denunciam uma série de irregularidades internas, desde econômicas até sexuais.
O grupo que disse ter publicado os documentos advertiu em 2013, em declarações anônimas, que a luta interna no Vaticano foi forte, com duas posições divergentes, uma desejando ocultar a informação e bloquear as investigações e outra que queria esclarecimentos.
Ao renunciar, Ratzinger manteve seu status de Papa, não como Bento XVI, mas como Papa emérito, e continua a viver na residência do Vaticano, embora já haja um novo e inesperado Papa no poder. Ambos vivem no pequeno e incerto Estado em Roma.
Cataclismo e o Papa que viaja para a América
Parravicini também fez uma psicografia intitulada “Cataclismo”, relacionada a um Papa que viaja para a América, conforme a imagem central na figura acima.
Literalmente: “O papado entra novas normas. O mal de ontem deixará de sê-lo. A missa será protestante sem ser e os protestantes serão católicos sem serem. O Papa se afastará do Vaticano em viagens e chegará à América, enquanto a humanidade cairá.”
Este texto está associado a diferentes épocas, a dos dois Papas anteriores e a diversos conflitos, embora o cataclismo real, como indicado no desenho, ainda permaneça um enigma, que só ocorrerá de fato quando um Papa cruzar o mar até a América.
Desorientação no Vaticano
A imagem seguinte (à esquerda na figura acima) deixada por Parravicini é de 1938 e fala da desorientação no Vaticano.
“Roma na miséria, cai em desastre a cidade ducal. Hermetismo no Bairro de Nápoles. Desorientação no Vaticano. A igreja desmorona, o Papa sairá, mas se popularizará mais tarde. As reformas assustarão os católicos. Os jovens sacerdotes enfrentarão correntes passageiras de poder e dominação. Nova igreja. Novas formas. Conciliábulos em lutas. O amanhã será o regresso às catacumbas.”
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