Mais de 200 praticantes de Falun Gong se reúnem para uma manifestação em frente ao consulado chinês em St. Laguna, em São Francisco, nos EUA, no início de julho, para pedir ao consulado que apoie uma onda sem precedentes de ações jurídicas contra Jiang Zemin, líder do Partido Comunista Chinês de 1989 a 2002. Jiang iniciou uma campanha de perseguição contra o Falun Gong, uma prática de meditação.
Como parte das táticas utilizadas para eliminar o Falun Gong, Jiang lançou uma ampla campanha de propaganda voltada a difamar a prática, prendeu e torturou centena de milhares de praticantes de Falun Gong. Milhares de praticantes morreram em campos de trabalhos forçados e centros de detenção. Investigadores ligados aos direitos humanos estimam que dezenas de milhares de praticantes foram mortos para extração forçada de seus órgãos para uso em transplantes.
Em maio, o Supremo Tribunal Popular da China estabeleceu uma regra que determina que todos os tribunais devem aceitar denúncias por escrito, sem exceção, a fim de assegurar o direito legal dos cidadãos chineses de fazerem denúncias. As denúncias não podem ser automaticamente rejeitadas como eram no passado. Como resultado, uma enxurrada de ações judiciais foram abertas contra Jiang Zemin.
De acordo com o Minghui.org, um site que monitora e reporta eventos relacionados ao Falun Gong na China, mais de 23 mil ações judiciais foram movidas contra Jiang desde o início da nova regra, com milhares sendo registradas diariamente.
No comício, falaram Yu Yang, Tang Liquan, Wang Yunbo, Chen Chia Tai, Hua Han, que relembraram suas terríveis experiências como perseguidos enquanto viviam na China. Também falou Tang Baiqiao, ex-líder estudantil do movimento de 1989 na Praça Tiananmen.
As denúncias visam a levar à prisão e condenação de Jiang por crimes contra a humanidade.
“O tempo de justiça chegou”, disse Xiong Jollia, um dos organizadores do encontro. “A história recente não tem sido favorável aos ditadores, e não será também com Jiang Zemin. Seus dias estão contados”.