A repressão aos dissidentes cubanos causou uma crise nas relações com os Estados Unidos na quarta-feira (31). Foi a primeira grande comoção diplomática entre os dois países desde que os laços diplomáticos foram restaurados em dezembro do ano passado.
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De acordo com o chefe da oficialmente proibida Comissão de Direitos Humanos de Cuba, Elizardo Sanchez, as autoridades comunistas prenderam mais de 30 dissidentes na terça-feira em uma tentativa de impedi-los de participar de uma sessão de microfone aberto que foi realizada para que os cubanos falassem sobre o seu futuro.
Washington condenou as prisões e classificou as ações de Cuba como uma falta de respeito pelos direitos humanos de seus cidadãos.
O Departamento de Estado americano divulgou um comunicado dizendo: “Nós condenamos fortemente a repressão do governo cubano e o uso repetido de detenções arbitrárias, às vezes com violência, para silenciar os críticos, perturbar reuniões pacíficas e pela liberdade (de) expressão, e a intimidação dos cidadãos.”
O governo comunista não confirmou as prisões e seus meios de comunicação do Estado não informaram sobre as alegações. Os EUA prometem mais pressão, mas o abismo político vem num momento em que o presidente Obama está buscando estabelecer fortes laços econômicos e diplomáticos com o país após o longo embargado.