Primeiros socorros nas fraturas de quadril

06/11/2013 11:11 Atualizado: 06/11/2013 11:11

No dia 26/10, o Hospital 9 de Julho realizou a sua IV Jornada Internacional de Trauma, com a presença de palestrantes nacionais e internacionais discutindo o que há de mais atual em cuidados a pacientes politraumatizados. O evento atualizou profissionais de saúde sobre as melhores práticas nesta área. O blog do H9J traz esta semana um dos temas discutidos na Jornada, a fratura na região pélvica, que precisa de atendimento rápido e eficiente para minimizar sequelas, que podem ser graves.

Muito comum em acidentes com motociclistas e ciclistas, as fraturas na região pélvica precisam de todo o cuidado tanto no atendimento pré-hospitalar, ou seja, quando a ambulância chega para remover o paciente, quanto dentro do hospital.

Esta região está próxima dos órgãos abdominais, aumentando o risco de hemorragias e de lesões mais graves. Vítimas de acidentes de maior impacto, como os de trânsito, precisam ser socorridas por atendimento especializado, mas valem algumas orientações para você identificar a gravidade do quadro enquanto aguarda a remoção.

Procure manter a pessoa acordada. Pergunte se ela sente dor na região da bacia ou do quadril e observe se há dificuldades em movimentar as coxas. Verifique também se há sinais externos como ferimentos, sangramentos ou inchaço. Essas informações podem ser úteis para agilizar o envio de uma ambulância pelos serviços especializados.

Sinalize o local do acidente para proteger o paciente e aguarde a equipe de resgate. “O ideal é que, nos casos mais graves, com instabilidade na pressão sanguínea e perda de consciência, o paciente seja levado para um hospital com referência em trauma”, explica o Dr. Renato Poggetti, coordenador do Centro de Trauma do Hospital 9 de Julho.

Essa atenção diferenciada é importante, segundo o médico, porque pacientes neste estado precisam de manobras que, primeiro, busquem estabilizar o quadro clínico para, só então, iniciar as cirurgias reparadoras de fraturas e outras lesões.

“Ao chegar ao hospital, verificamos se esse paciente tem lesões incompatíveis com a vida, como obstrução das vias aéreas (boca, nariz), alterações da ventilação (pulmão) e presença de sangramento volumoso, muito comum nos traumatismos de pélvis”, enumera. Uma vez resolvidos esses problemas, são tratadas, na sequência: as lesões externas, como ferimentos penetrantes e fraturas ósseas, e as lesões internas com cirurgia abdominal. “Um bom primeiro atendimento tanto pelas equipes de remoção, quanto no hospital, pode fazer a diferença entre a vida e a morte, além de minimizar os danos causados pelas lesões”, observa o especialista ao lembrar a importância de eventos como a Jornada de Trauma, que permitem a atualização de médicos, enfermeiros e demais profissionais envolvidos no atendimento a traumas.

Esse conteúdo foi originalmente publicado no site do Hospital Nove de Julho