Em 1991, o líder comunista da Ucrânia, Leonid Kravchuk, renunciou a Marx e declarou a independência de sua república, após o desmantelamento da União Soviética, tornando-se o primeiro presidente da Ucrânia moderna.
Em 19 de novembro de 2004, o Epoch Times começou a publicar em língua chinesa o ‘Nove Comentários sobre o Partido Comunista’, uma série de editoriais que expõe a história e a natureza do regime comunista.
O ex-presidente ucraniano elogiou os ‘Nove Comentários’, especificamente sobre o efeito que isso teve no encorajamento de dezenas de milhões de chineses a renunciarem ao Partido Comunista Chinês e a organizações associadas.
“Meu pensamento imediato após a leitura desse livro foi que ele e seu autor transformariam a opinião de milhões de pessoas”, afirmou Kravchuk, numa entrevista concedida à emissora New Tang Dynasty Television em 19 de novembro.
Leonid Kravchuk notou a grande riqueza de detalhes históricos nos ‘Nove Comentários’ ao analisar a ideologia e a política do comunismo. Ele disse que a série, que foi tornada livro e traduzida para 33 idiomas diferentes, também teve um grande impacto social.
“Não só isso [os ‘Nove Comentários’] revelou o mal do comunismo, mas também convenceu milhões de pessoas a renunciarem ao Partido Comunista. Esse livro provoca uma reflexão profunda sobre a preservação dos direitos humanos, a proteção da vida humana, da democracia e da liberdade”, disse ele
Aos 80 anos de idade, Leonid Kravchuk foi o presidente do Soviete Supremo Ucraniano, antes da independência. Juntamente com a Rússia e outros treze Estados, a Ucrânia fazia parte da União Soviética até sua dissolução em 1991.
Em agosto de 1991, poucos meses antes do colapso da União Soviética, Kravchuk demitiu-se do Partido Comunista Soviético e deu o aval para a independência [de seu país]. Em dezembro daquele ano, a União Soviética entrou em colapso e Leonid Kravchuk foi eleito o primeiro presidente da Ucrânia independente. Ele permaneceu no cargo até 1994.
Kravchuk criticou as características totalitárias dos regimes comunistas, dizendo que “quando o Partido já não representa um sistema de opiniões, mas torna-se uma força toda poderosa na vida das pessoas, aqueles no poder passam a agir de acordo com seus caprichos. Sob o pretexto de ‘proteger o Partido’, criam um sistema que destrói a vida humana.”
Desde 2004, mais de 185 milhões de chineses renunciaram ao Partido Comunista Chinês e suas organizações afiliadas – especificamente a Liga da Juventude Comunista e os Jovens Pioneiros – com declarações escritas ou online.
Leonid Kravchuk descreveu o regime comunista como “irregularidade sistêmica” ao contrário de um ente “idealizado por uma pessoa qualquer”.
Embora os ‘Nove Comentários’ tenham como foco o regime comunista chinês, Kravchuk viu na história da Ucrânia Soviética os mesmos princípios que aparecem implícitos na obra. Sob o ditador Joseph Stalin, milhões de ucranianos passaram fome ou congelaram até a morte.
É necessário um esforço social consciente para prevenir o surgimento desse tipo de regimes, afirmou Kravchuk. Os comunistas devem arcar com a responsabilidade legal por seus crimes. Não devemos esperar mais.”