Numa disputa acirrada entre China e Japão sobre as desabitadas ilhas Senkaku, a China oficialmente colocou seu primeiro porta-aviões em serviço na terça-feira, segundo o Ministério da Defesa da China.
O regime chinês diz que o porta-aviões, renomeado Liaoning, foi submetido a testes marítimos extensos, mas especialistas militares dizem que o porta-aviões não está pronto para ser usado em combate ainda.
Porta-aviões em pleno funcionamento podem ser usados para realizar atividades marítima de média e longa distância e para projetar força em locais remotos.
O desenvolvimento desta nova arma pela China é de interesse particular devido a vários conflitos da China com outras nações orientais no Mar do Sul da China; o atual ponto de atrito sobre as ilhas Senkaku é apenas uma das várias disputas territoriais.
A implantação de porta-aviões é um pré-requisito para uma potência asiática naval, segundo Li Jie, um pesquisador da Academia Militar da Marinha Chinesa.
Liang Guanglie, o ministro da Defesa da China, teria dito a seu colega japonês em 2009 que “a China não ficaria sem um porta-aviões para sempre”.
O porta-aviões é de 300 metros de comprimento e remodelado a partir de um navio soviético Varyag, comprado da Ucrânia em 1998, segundo um relatório da Associated Press (AP).
O Varyag tem sido testado nos mares Amarelo e Bohai desde agosto do ano passado, segundo o Diário de Shanghai. O artigo também citou Li Jie dizendo que o porta-aviões teria um papel importante no tratamento da China sobre as ilhas disputas e na defesa de seus interesses nacionais.
Além disso, o artigo do Diário de Shanghai afirma que o navio em breve será acompanhado por destroieres e fragatas para a construção de uma frota.
“Há toda uma gama de engenharia e tarefas operacionais que os chineses precisam trabalhar antes que tenham uma aeronave que possam operar de forma confiável de um porta-aviões”, disse Carlo Kopp, conforme citado pela Reuters. Kopp estudou o programa chinês de embarcar aeronaves em porta-aviões como parte de seu trabalho para uma instituição de pesquisa militar independente.
“Mesmo que o Varyag esteja operacional, ele terá apenas um papel operacional limitado, mais para treinamento e avaliação, antes do esperado lançamento do primeiro porta-aviões construído internamente na China após 2015, dizem os analistas militares”, segundo a reportagem da Reuters.
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