Primeiro-ministro britânico não descarta ação contra Estado Islâmico na Síria

11/09/2014 15:29 Atualizado: 11/09/2014 15:29

O primeiro-ministro britânico David Cameron não afastou a possibilidade de uma ação militar contra o Estado Islâmico na Síria, anunciou hoje (11) um porta-voz, depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ter afirmado que o Reino Unido não participará nos ataques aéreos naquele país.

“O primeiro-ministro não excluiu nada. Esta é a posição oficial. Nenhuma decisão foi tomada”, afirmou o porta-voz de Downing Street, acrescentando que as declarações do ministro Philip Hammond diziam respeito ao voto do parlamento, no ano passado, que se opôs aos ataques aéreos na Síria.

“No que diz respeito às decisões específicas sobre a participação em qualquer nova ação, não estamos na fase de tomada de decisões”, declarou.

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Philip Hammond, excluíra antes a participação de Londres nos ataques aéreos na Síria, após o anúncio do presidente norte-americano Barack Obama, que se afirmou pronto a atacar o grupo radical Estado Islâmico (EI) naquele país.

“Vamos ser claros: a Grã-Bretanha não vai participar de ataques aéreos na Síria”, disse, lembrando a oposição à intervenção militar na Síria expressa pelo parlamento britânico no ano passado, numa votação.

“Já tivemos esta discussão no ano passado no nosso parlamento e não vamos voltar a questionar esta posição”, referiu Hammond, sem excluir a participação britânica nos ataques no Iraque.

O porta-voz do primeiro-ministro insistiu na necessidade de estabelecer uma aliança com o Oriente Médio.

“Nós partilhamos totalmente esta abordagem, não só os Estados Unidos, mas [ela] foi amplamente compartilhada na semana passada na conferência” da OTAN, mencionou.

“Portanto, nós apoiamos e aplaudimos o presidente Obama e o seu anúncio” sobre possíveis ataques contra o EI na Síria, acrescentou, defendendo a necessidade de “monitorar o EI” no Iraque e na Síria.

Londres anunciou na terça-feira o envio de dois milhões de euros em armas pesadas e munições às forças curdas no Iraque para lutarem contra os jihadistas do EI.

iOnline

Editado pelo Epoch Times