Primeira muçulmana a integrar um governo no Reino Unido, Sayeeda Warsi anunciou ontem (5), na rede social “Twitter”, sua demissão por não poder continuar “a apoiar a política do governo [britânico] sobre Gaza”.
“Foi com profundo pesar que escrevi esta manhã ao primeiro-ministro [David Cameron] para lhe apresentar a minha demissão. Não posso continuar a apoiar a política deste governo sobre Gaza”, escreveu Sayeeda Warsi, atual secretária de Estado do ministério dos Negócios Estrangeiros, na sua conta oficial no “Twitter”.
Desde o início da operação israelita em Gaza, em 8 de julho, Londres apoiou o direito de Israel de defender-se, apesar de pedir uma “resposta proporcional”.
Warsi, de origem paquistanesa, foi nomeada em setembro de 2012 secretária de Estado no ministério dos Negócios Estrangeiros e secretária de Estado para credos e comunidades.
Era responsável por questões relacionadas ao Afeganistão, Paquistão, Bangladesh e Ásia central, Direitos Humanos, ONU, organizações internacionais e Tribunal Penal Internacional, de acordo com o “site” do governo britânico.
Warsi também era encarregada de todas as questões relativas ao ministério dos Negócios Estrangeiros na Câmara dos Lordes, câmara alta do Parlamento britânico.
Na segunda-feira (4), o primeiro-ministro britânico considerou que as Nações Unidas tinham razão na condenação do ataque que matou dez palestinos numa escola da ONU em Gaza.
Muito prudente neste tema, David Cameron não quis falar em violação do direito internacional. A oposição trabalhista tem criticado, nos últimos dias, o executivo conservador por não adotar uma posição mais dura relativamente a Israel.
Ontem, um cessar-fogo de 72 horas, aceito por Israel e pelo movimento radical islâmico Hamas, entrou em vigor na Faixa de Gaza, com a retirada do exército israelense depois de cerca de um mês de uma guerra devastadora.
Editado por Epoch Times