A primeira greve geral no Brasil completou 110 anos ontem (15). A reinvindicação de trabalhadores de uma fábrica de tecidos do Rio de Janeiro por salários melhores e jornada de trabalho de 8 horas se espalhou pela cidade e perdurou até 5 de setembro de 1903.
Sempre de olho nos principais movimentos do país, o IBOPE acompanhou o que os brasileiros pensavam sobre o assunto. Uma pesquisa realizada em 1946 mostrou que 73% dos paulistanos e cariocas eram a favor do direito de greve ser assegurado aos trabalhadores. Dos 800 entrevistados, 71% achavam que as greves ocorriam porque os empregados ganhavam pouco e 18% acreditavam que elas aconteciam porque os trabalhadores pretendiam ganhar ‘mais do que o razoável’.
Com o passar dos anos, o assunto continuava sendo debatido. Outra pesquisa do IBOPE, realizada em maio de 1987, na Grande São Paulo e na Grande Rio de Janeiro, revelou que 59% dos entrevistados eram favoráveis ao direito de greve. Desses, 35% eram a favor da paralisação até em serviços públicos essenciais e 24% eram a favor, desde que não afetasse os serviços públicos essenciais. Os que eram contra esse direito somavam 37%.
Já em 2000, outro estudo do IBOPE mostrava que 60% da população achava que funcionários públicos (bombeiros, policiais, médicos, professores e fiscais) têm direito de fazer greve como os trabalhadores de outras categorias.
Esta matéria foi originalmente publicada pelo IBOPE