O presidente egípcio Mohamed Morsi ordenou a aposentadoria forçada do ministro da Defesa, o marechal Hussein Tantawi, e acabou com as emendas constitucionais que foram emitidas pelo conselho militar.
Morsi também ordenou a aposentadoria de Sami Anan, o chefe do Exército, informou a mídia estatal Al-Ahram. O comandante da Marinha, Mohab Memish, também foi despojado do poder, mas Morsi nomeou-o chefe da Autoridade do Canal de Suez, enquanto que os comandantes da Defesa Aérea e da Força Aérea também foram demitidos.
As emendas constitucionais elaboradas pelo conselho militar também foram desfeitas, dando efetivamente a Morsi poderes de comandante-em-chefe.
Ele deu medalhas a Sami Anan e Hussein Tantawi, que chefiou o Conselho Supremo das Forças Armadas, uma obscura organização militar que governou o Egito depois que o presidente Hosni Mubarak foi deposto em 2011.
Em seguida, Morsi nomeou o chefe da inteligência militar Abdel Fatah El-Sisi como ministro da Defesa, para substituir Tantawi. O terceiro comandante do exército Sedky Sobhy substituirá Sami Anan.
As últimas decisões são encaradas como um aumento das tensões entre o governo civil liderado por Morsi, que é da Irmandade Muçulmana, e os militares.
Farrag Ismail, um jornalista egípcio veterano, disse a mídia saudita Al-Araibya, “O conselho militar está acabado. […] O presidente é o comandante-em-chefe.”