O presidente equatoriano, Rafael Correa, nesta terça-feira manteve que, se o Reino Unido entrasse em sua embaixada em Londres para retirar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, equivaleria a um “suicídio”.
Foi concedido asilo a Assange no Equador na semana passada, mas o Reino Unido disse que não permitiria que ele deixasse o país. Ele ficou escondido na embaixada equatoriana nos dois últimos meses aproximadamente, após um tribunal britânico dizer que ele deveria ser extraditado para a Suécia para enfrentar questionamento sobre alegação de má conduta sexual.
“Seria suicídio para o Reino Unido entrar na embaixada equatoriana. Será um mau precedente. Permitiria às embaixadas do Reino Unido serem violadas em todo o mundo”, disse Correa na TV estatal, informou o Daily Telegraph.
Na semana passada, o Reino Unido ameaçou entrar na embaixada e prender Assange, que alegou que se fosse extraditado para a Suécia, acabaria enviado para os EUA uma vez que seu website, WikiLeaks, lançou centenas de milhares de telegramas diplomáticos confidenciais, o que irritou Washington.
Alguns equatorianos acreditam que Correa está usando o impasse diplomático como uma maneira de reforçar seu status político nacional e regional.
Correa foi preso, processado, ou forçado a demitir jornalistas, editores e outros que foram críticos a ele. Estações de televisão independentes também têm sido fechadas depois que foram aprovadas novas leis.
“Eu acho que Correa está enganando o mundo. Ele usa muito sabiamente a mídia para se apresentar como um líder que respeita e promove a liberdade de imprensa, o que não é verdade”, disse à Sky a ex-personalidade televisiva, Jorge Ortiz News. Seu canal foi forçado a sair do ar por parte do governo.