Idealizado pelo Comitê Brasileiro de Anistia, prêmio jornalístico reconhece trabalhos de excelência em todo o País
A 34ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos acontece no dia 23 de outubro, às 19h30, no teatro TUCA, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Idealizada em 1977 pelo Comitê Brasileiro de Anistia (CBA), a premiação tornou-se um dos principais reconhecimentos jornalísticos do País.
O nome é em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, ex-diretor de jornalismo da TV Cultura, torturado e assassinado durante a Ditadura Militar no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo, em 1975.
Na última edição, o prêmio bateu um recorde de 450 trabalhos inscritos de jornalistas de todo o Brasil. O coordenador do Instituto Vladimir Herzog e filho do jornalista que inspirou a criação do prêmio, Ivo Herzog, afirma que a cada edição a gestão tem passado por um constante processo de profissionalização: “Contratamos um curador e instalamos um sistema online para as inscrições dos trabalhos. No site é possível ter acesso às reportagens vencedoras e outros conteúdos sobre a história do Brasil, o que o transformou em uma grande ferramenta de pesquisa”, complementa.
Além das categorias fotografia, documentário, reportagem de TV, rádio, revista, artes, internet e jornal, o evento premia anualmente uma categoria especial – que neste ano reconhece reportagens com a temática Criança em situação de rua – além de reconhecer jornalistas pelo conjunto de suas obras, prêmio que será entregue neste ano a nomes como Alberto Dines e o paraense Lúcio Flávio Pinto.
Os temas premiados estão relacionados a reportagens com foco em temáticas no Brasil, realidade que os organizadores do prêmio discutem sobre uma possível mudança.
“Houve uma fase do Prêmio Vladimir Herzog em que existia um canal latino-americano com foco na Anistia. Estamos conversando sobre a relevância de abrirmos essa possibilidade nas próximas edições”, afirma Ivo.
Os vencedores da próxima edição serão premiados com uma viagem a Santiago do Chile, que abriga o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, onde está reunido em ordem cronológica um expressivo acervo sobre o período militar chileno.
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