Predadores da era do gelo não morreram de fome

05/01/2013 19:54 Atualizado: 06/08/2013 20:08
O esqueleto de um tigre dente-de-sabre no Museu Page nos poços de alcatrão em La Brea (Cortesia de Larisa DeSantis/Vanderbilt University)
O esqueleto de um tigre dente-de-sabre no Museu Page nos poços de alcatrão em La Brea (Cortesia de Larisa DeSantis/Vanderbilt University)

Logo antes do tigre dente-de-sabre ser extinto há 12 mil anos , eles provavelmente estavam aproveitando a abundância de presas ao invés de morrer de fome como os cientistas costumavam pensar.

A pesquisadora Larisa DeSantis da Universidade de Vanderbilt conduziu um estudo sobre os dentes do tigre dente-de-sabre e leões americanos para descobrir se eles tinham o suficiente para comer até o fim de suas existências. Os resultados contradizem estudos anteriores que diziam que os tigres estavam morrendo de fome.

“Nós sabemos que quando o alimento se torna escasso, carnívoros como o grande felino tendem a consumir mais das carcaças que eles matam”, disse DeSantis em um comunicado de imprensa.

“Se eles gastavam mais tempo mastigando ossos, isso deveria causar detectáveis mudanças no padrão de seus dentes.”

Para analisar esses padrões, os pesquisadores usaram uma nova técnica chamada de analise de textura de microdesgaste dentário (DMTA) para criar imagens tridimensionais no computador, para cada dente fossilizado. O computador identificou diferentes características na superfície dos dentes, provavelmente mais preciso do que os cientistas poderiam ter feito à mão.

DeSantis e seus colegas estudaram os dentes de 15 tigres dente-de-sabre e 15 leões americanos dos poços de alcatrão de La Brea em Los Angeles.

Eles compararam fósseis de diferentes tempos, entre 35 mil e 11.500 anos atrás, e não parecia haver qualquer osso extra para eles roerem até o fim.

“Seus dentes nos dizem que esses felinos não estavam desesperadamente consumindo carcaças inteiras, como esperávamos, e em vez disso pareciam estar vivendo uma “vida boa” durante o Pleistoceno Superior, pelo menos até o fim”, disse DeSantis.

Estudos anteriores olharam para o grande número de dentes quebrados que os felinos tinham, que pareciam mostrar que os felinos pré-históricos roíam mais ossos do que os predadores modernos. No entanto, DeSantis diz que os dentes maiores tendem a quebrar mais facilmente, então os grandes felinos daqueles dias simplesmente quebraram vários dentes enquanto caçavam suas presas.

A pesquisa foi publica no jornal PLOS ONE no dia 26 de dezembro de 2012.

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