Grupo apela aos EUA por ajuda para acabar com a perseguição na China
“Ajude a parar a perseguição ao Falun Gong.” Essa foi a mensagem enviada à administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por um grupo de praticantes do Falun Gong que se reuniu perto da embaixada dos EUA em Kuala Lumpur, Malásia, na manhã de domingo.
Cerca de 20 praticantes do Falun Gong se reuniram em antecipação à visita do secretário de Estado norte-americano John Kerry esta semana. “Sr. John Kerry, bem-vindo à Malásia, por favor, ajude a acabar imediatamente com os assassinatos e a colheita forçada de órgãos dos praticantes vivos do Falun Gong na China“, dizia um cartaz, estendido diante da embaixada.
Kerry visitará a Malásia em lugar do presidente Obama, que cancelou sua visita de 11 de outubro para que pudesse lidar com a paralisação do governo nos Estados Unidos.
O porta-voz local dos praticantes, Jason Ong, leu em voz alta uma carta à administração Obama pedindo ao governo dos EUA que exigissem publicamente que o Partido Comunista Chinês (PCC) acabasse com a colheita de órgãos e a perseguição aos praticantes do Falun Gong na China. A carta foi posteriormente entregue na embaixada dos EUA.
O texto observava que o governo dos EUA reconheceu a prática da colheita forçada de órgãos: “A solicitação de visto online dos EUA para não-imigrantes, o Formulário DS-160, requer as seguintes informações do candidato: ‘Alguma vez você já esteve diretamente envolvido no transplante coercitivo de órgãos ou tecidos corporais?’”
A carta afirma que esta pergunta mostra que o governo dos EUA está ciente do crime do PCC quanto à colheita forçada de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong. Segundo investigadores, os praticantes do Falun Gong são a fonte mais comum de órgãos utilizada em operações de transplante na China.
“Como líder mundial em direitos humanos e uma nação que acredita em Deus, os EUA devem desempenhar um papel mais ativo para parar a perseguição mais terrível na história da humanidade”, dizia a carta.
Na carta, os praticantes do Falun Gong também pediram ao governo dos EUA para divulgar qualquer evidência que possuam sobre os crimes da colheita de órgãos na China.
Em fevereiro de 2012, Wang Lijun, o chefe de polícia e ex-vice-prefeito de Chongqing, fez uma visita surpresa e apressada ao consulado dos EUA em Chengdu, China. Uma fonte bem posicionada disse ao Epoch Times que Wang forneceu as autoridades americanas documentos confidenciais que contêm informações importantes sobre o envolvimento de oficiais comunistas de alto escalão na perseguição ao Falun Gong. As autoridades americanas negaram ter recebido tais informações.
“Os EUA são o líder mundial em direitos humanos e democracia, o presidente Obama deve usar a influência e o poder dos EUA para pressionar o PCC a parar a perseguição ao Falun Gong, incluindo os crimes da colheita forçada de órgãos de pessoas vivas”, disse Chia, o organizador do grupo nos arredores da embaixada.
O Falun Gong era ampla e publicamente praticado na China na década de 1990. Tudo isso mudou em 20 de julho de 1999, quando o então líder chinês Jiang Zemin lançou uma perseguição implacável contra a prática por seu ciúme pela imensa popularidade do Falun Gong, segundo fontes no próprio regime – entre 70 e 100 milhões de chineses praticavam o Falun Gong na época, mais do que os membros do PCC.
Após 14 anos de perseguição, os praticantes do Falun Gong permanecem como o maior grupo de prisioneiros de consciência na China, segundo o Centro de Informações do Falun Dafa, uma assessoria de imprensa do Falun Gong. Eles são os principais alvos dos crimes contra a humanidade cometidos pelo PCC.