Praticantes do Falun Gong realizam conferência em São Francisco

17/09/2012 09:42 Atualizado: 17/09/2012 09:42
Adeptos da prática espiritual do Falun Gong se reúnem em São Francisco em 15 de setembro de 2012 na Conferência de Compartilhar Experiências de São Francisco. (Lee Ming/The Epoch Times)

SÃO FRANCISCO – Cerca de 1.000 praticantes do Falun Gong da Califórnia e além se reuniram no sábado para contar uns aos outros sobre os desafios, alegrias e descobertas em seus caminhos espirituais.

O Falun Gong, também chamado de Falun Dafa, é uma antiga prática espiritual chinesa com foco nos princípios da verdade, compaixão e tolerância. Ele envolve ensinamentos morais e exercícios de meditação.

Em parte devido à popularidade do Falun Gong e seus ensinamentos morais, o regime chinês tem perseguido duramente a prática desde 1999. De acordo com o Centro de Informação do Falun Dafa, 100 milhões de pessoas na China praticavam no início de 1999, um número maior do que os membros do Partido Comunista Chinês.

O Centro de Informações confirmou que mais de 3.570 praticantes morreram de tortura e outros abusos em campos de trabalhos forçados na China. O número real de mortes segundo o Centro seria muito maior.

Apesar de o Falun Gong ter sido ensinado primeiro na China, agora ele é um fenômeno mundial. De acordo com o website FalunDafa.org, o Falun Gong é praticado em mais de 70 países.

Praticantes do Falun Gong se esforçam continuamente para se tornarem seres humanos melhores e se livrarem de hábitos e ideias nocivas, um processo que eles chamam de cultivo, segundo o website do Falun Dafa. Praticantes consideram desafios, conflitos e até mesmo a adversidade que enfrentam na China como oportunidades para melhorarem a si mesmos.

Praticantes de toda a Califórnia, de fora do estado e alguns do exterior se reuniram no sábado para a conferência.

Para Ben Smith, originário da Austrália, uma conferência como esta é uma “oportunidade de compartilhar experiências para que possamos aprender uns com os outros, conhecer novas pessoas e continuar em nosso caminho de cultivo”.

Mais de 50 pessoas submeteram discursos com antecedência descrevendo suas experiências aos organizadores da conferência. Houve tempo para apenas 20 deles serem apresentados à audiência reunida.

Ton Truong, um praticante do Falun Gong da Califórnia, na Conferência de Compartilhar Experiências. (Ma Youzhi/The Epoch Times)

Ton Truong de Burlingame, Califórnia, contou como descobriu o Falun Gong. Para ele, a prática era o que ele procurou por toda sua vida. Na prática, ele descobriu o poder dos pensamentos retos e uma sensação de tranquilidade que vem com eles. Ele percebeu que sempre tem uma escolha “se eu deixo algo que alguém disse perturbar minha paz interior”.

Yuqi, que hoje vive em São Francisco, começou a praticar muito jovem, junto com seus pais na China continental. Quando ele tinha 12 anos de idade, a perseguição começou. Yuqi testemunhou como ele e seus pais foram perseguidos pela polícia e pressionados a abandonar suas crenças.

Sendo resoluto, seu pai foi logo ilegalmente preso e mantido em cativeiro por mais de um ano. Yuqi descreveu como sua família em condições tão difíceis e sem uma casa permanente fez prioridade dizer às pessoas o que o Falun Gong realmente é.

De acordo com o Centro de Informações do Falun Dafa, “uma medida fundamental da supressão do Partido Comunista Chinês [ao Falun Gong] tem sido as informações limitadas e distorcidas sobre o Falun Gong na China e em outros lugares”. Esta campanha de propaganda tem o objetivo de desumanizar os adeptos do Falun Gong, tornando mais fácil para a sociedade chinesa apoiar a perseguição.

Praticantes como a família de Yuqi têm se empenhado numa campanha de desobediência civil em massa para educar o povo chinês sobre o que é o Falun Gong e sobre a perseguição que sofrem.

Xian Wenchen de Seattle, de 74 anos, contou como começou a se levantar todas as noites depois da meia-noite para ligar para pessoas na China para ajudá-las a renunciarem ao Partido Comunista Chinês (PCC).

Ao longo dos últimos sete anos, praticantes do Falun Gong iniciaram um movimento global que dá ao povo chinês uma plataforma para cortar seus laços com o regime chinês. Até agora, mais de 122 milhões de chineses, que foram obrigados a jurar lealdade ao PCC, já decidiram renunciar, segundo o ‘Centro de Assistência Global para Renunciar ao PCC’.

Após a conferência, Nan Su de São José estava encantado de ouvir as palestras proferidas por pessoas de diferentes esferas da vida, que “mostraram o valor do que aprenderam com a prática”. Para ele, o Falun Gong é “uma prática incrível com princípios formidáveis que tem beneficiado muitas pessoas em suas vidas diárias”.