A sra. Wang Xuemei, uma praticante da cidade de Dandong, província de Liaoning, foi presa em 19 de novembro de 2014 por policiais da Delegacia de Bourbon. Ela foi levada para o Centro de Detenção de Dandong.
O oficial Du Guojun, da Divisão de Segurança Doméstica de Dandong, Jiang Chengge, da Delegacia de Liudaokou, e outros oficiais invadiram a sua casa. Eles confiscaram livros do Falun Gong e outros materiais, bem como uma impressora e um computador.
Policiais da Delegacia de Bourbon e da Divisão de Segurança Doméstica colaboraram para fabricar provas contra a sra. Wang. A ordem veio da Agência 610.
Presa por ter cópias do Minghui Semanal
A sra. Wang foi assistir ao “julgamento” da praticante sra. Xin Guiqin, no Tribunal do Distrito de Bourbon, na manhã de 19 de novembro de 2014. Todos os praticantes de Falun Gong, que foram ao tribunal, foram obrigados a mostrar as suas carteiras de identidade e a serem registrados. Depois, os oficiais da segurança vasculharam as bolsas de cada praticante. A polícia prendeu a sra. Wang após ter encontrado duas cópias do Minghui Semanal(um periódico em idioma chinês) em sua bolsa.
Eles também levaram a filha da sra. Wang para a Delegacia de Liudaokou, para interrogatório. Du Guojun e outros oficiais exigiam 5.000 yuanes para sua libertação. Após negociação, os oficiais aceitaram liberar a sua filha em troca de 2.000 yuanes.
Em 25 de novembro, a família da sra. Wang pediu a sua libertação, mas Jiang Chengge e o chefe-adjunto da Delegacia de Liudaokou se recusaram. Eles alegaram: “A prisão foi realizada pela Divisão de Segurança Doméstica da cidade e somente eles têm a palavra final. A polícia local não tem autoridade para soltá-la.”
Antes, em 14 de julho de 2014, a polícia havia recolhido amostras de sangue dos praticantes presos, incluindo a sra. Wang.
Presa e torturada desde 1999
A sra. Wang, 53, foi despedida do Hospital de Mulheres e Crianças de Dandong. Ela foi presa várias vezes ao longo dos 15 anos de perseguição ao Falun Gong pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Ela tem sido mantida num hospital psiquiátrico e foi levada duas vezes para um campo de trabalhos forçados.
No início da perseguição, que começou em 20 de julho de 1999, a sra. Wang e sua irmã mais nova, sra. Wang Xuejie, foram a Pequim apelar pelo direito de praticar o Falun Gong. Elas foram à Praça da Paz Celestial (Tiananmen) e realizaram os exercícios do Falun Gong. Isso resultou em suas prisões.
Quando foram levadas de volta para a cidade de Dandong, a sra. Wang Xuemei, sua irmã e outros quatro praticantes saltaram para fora do veículo. A sra. Wang se feriu e foi levada para o Hospital de Mulheres e Crianças de Dandong. Fan de Li, um membro do PCC, chefe do hospital e do escritório local da Agência 610, em Dandong, forneceu informações falsas sobre a sra. Wang para a agência de notícias de Dandong.
Após se recuperar de seus ferimentos, oficiais em todos os níveis do Comitê para Assuntos Políticos e Legais de Dandong, da Agência 610, do Departamento de Polícia de Dandong, da Divisão de Segurança Doméstica, do Comitê para Assuntos Políticos e Legais do Distrito de Zhenxing, do Departamento de Polícia do Distrito, da Delegacia local e da Agência de Administração de Bairro, envolveram-se em monitorar e intimidar a sra. Wang, onde quer que ela fosse.
Apesar disso, em 15 de novembro de 2000, a sra. Wang foi novamente a Pequim apelar pelo direito de praticar o Falun Gong. Ela foi detida e levada para o Centro de Detenção de Dandong, onde permaneceu presa por 40 dias. Chefes do hospital onde ela trabalhava a transferiram para o Hospital Psiquiátrico Hamatang, em Dandong. Ela foi torturada e recebeu injeções com drogas desconhecidas por 64 dias.
Presa, interrogada e torturada
Após a sua libertação, a sra. Wang foi despedida do trabalho. Ela encontrou outro emprego para realizar tarefas menores, num hotel. Por tê-la contratado, os oficiais da cidade prenderam todo o pessoal do hotel, incluindo a sra. Wang e os levaram para a Delegacia de Guangji. A casa da sra. Wang também foi saqueada.
Na delegacia, oito oficiais se revezaram interrogando-a ininterruptamente durante quatro dias. Na quarta noite, ela foi mantida numa gaiola de ferro e depois transferida para o Centro de Detenção de Dandong, onde ficou presa por mais um mês. Após retornar para casa, ela passou a ser monitorada ininterruptamente pela equipe do Departamento nº 1 de Polícia de Dandong.
Pendurada e submetida a tortura por choque elétrico
Em setembro de 2002, a sra. Wang foi levada para a Delegacia de Liudaogou por Sha Yuexia, Huo Wenshan e outros oficiais da Divisão de Segurança Doméstica de Dandong.
Sha ordenou que oficial Huo algemasse e pendurasse a sra. Wang numa barra de metal, no pátio da delegacia. A sra. Wang ficou pendurada com os braços estendidos e os pés mal tocavam o chão. A Sra. Wang gritava de dor.
No dia seguinte, Sha Yuexie, Cao Yujia e Yu Deqing disseram a Huo e dois outros oficiais que, se a sra. Wang gritasse novamente, eles deveriam amordaçá-la. Então eles a algemaram e a penduram novamente na barra de metal por mais dois dias, sem oferecer água ou comida. Para impedir que ela gritasse, eles a amordaçaram.
Depois, ela foi levada para a Delegacia de Polícia de Liudaogou. Lá, os guardas a algemaram com as mãos por trás das costas à uma tubulação de aquecimento há três polegadas do chão. Ela ficou nessa posição a noite toda.
Sha então ordenou a três oficiais que levassem a sra. Wang para uma residência vazia, onde ela recebeu choques com cassetetes elétricos durante quatro dias.
Algemada a uma cadeira por 12 dias
Quatro dias depois, a sra. Wang foi levada para a sala de interrogatórios no segundo andar do Centro de Detenção de Dandong. Ela foi colocada numa cadeira na qual permaneceu por 12 dias com ambas as mãos algemadas aos braços da cadeira. Oito oficiais se revezaram interrogando-a ao longo desses 12 dias. Durante esse período, a sra. Wang fez greve de fome.
Logo em seguida, em torno de novembro de 2002, Sha transferiu a sra. Wang para o Campo de Trabalhos Forçados de Masanjia, com uma sentença de três anos.
Métodos de tortura: inalação com gás venenoso, privação de sono, alimentação forçada
A sra. Wang foi levada para um grande armazém onde materiais venenos eram estocados. Ela ficou lá por cinco dias, em de pé, impedida de sentar. A inalação dos gases oriundos dos materiais tóxicos causaram erupções cutâneas e inchaço por todo o seu rosto.
Ela foi privada de sono por vários meses, começando em maio de 2003.
Para obrigá-la a renunciar ao Falun Gong, vários detentos foram instruídos a fazer lavagem cerebral na sra. Wang. Em protesto, em 18 de maio de 2004, ela entrou em greve de fome. Em resposta, os guardas a alimentaram forçosamente.
Em 1º de abril de 2005, ela foi algemada a uma cama de ferro por cinco dias por ter se recusado a trabalhar na prisão. Depois dos cinco dias, ela foi levada para um banheiro, onde foi algemada a uma tubulação de aquecimento, de modo que não podia nem ficar de pé e nem agachar-se.
Condenada novamente a Masanjia
A sra. Wang foi presa novamente por praticar o Falun Gong em 23 de maio de 2012 e levada para o Campo de Trabalhos Forçados de Masanjia pela segunda vez. Ela ficou lá por um período de mais um ano e meio, ao longo do qual enfrentou tortura contínua.
Ela foi libertada em 13 de agosto de 2013, mas continuou sendo monitorada e ameaçada pela Divisão de Segurança Doméstica de Dandong, pelo Departamento de Polícia do distrito de Zhenxing, pela Delegacia de Polícia local e pelo o Escritório de Administração Residencial da comunidade.