O uso do aparato estatal para intimidar seus oponentes políticos é um fator retumbante e essencial para qualquer partido socialista no poder.
Hoje, Silas Malafaia trouxe evidências mostrando por que o poder estatal não pode ficar em mãos inescrupulosas. Ele demonstra, com provas cabais, que a Receita Federal tem sido usada para coagi-lo, principalmente depois dele ter lançado fortes críticas contra o PT.
Como veremos no vídeo ao final deste post, desde 2013, a Receita abriu seguidos procedimentos para investigar a Associação Vitória em Cristo, comandada por Silas. Com as investigações finalizadas, mesmo sem terem encontrado qualquer irregularidade, novos procedimentos eram abertos, requerendo documentos idênticos aos que tinham sido pedidos anteriormente.
Conforme David Horowitz nos lembra, essa é uma técnica de guerra política: colocar o adversário na parede, para fazê-lo se explicar e conseguir evidências que lhe inocentem, é uma forma de fazê-lo gastar seu tempo e tirá-lo do combate. Lembremos: “Na guerra política você não luta somente para fazer seu argumento prevalecer, mas para destruir a habilidade de combate de seu inimigo”. É uma técnica que pode ser encontrada nos escritos de Lenin, diga-se de passagem.
Quando a técnica leninista é executada de forma legítima (como, por exemplo, ficamos no ataque em questões políticas) e sem o uso do aparato estatal, não há problemas éticos. Porém, quando um governo usa esta técnica fazendo uso do estado, estamos diante de uma afronta às instituições e ao estado de direito. É coisa de regimes ditatoriais da pior espécie.
O que me surpreende, no entanto, é a falta de indignação por parte dos direitistas das redes sociais em relação à mais este escândalo. Peço que relembrem como Obama foi constrangido pela opinião pública de seu país, há pouco mais de um ano, quando se descobriu que ele usou a IRS para perseguir membros do Tea Party.
Lá nos Estados Unidos, quando é descoberto o uso do aparato estatal contra o cidadão, não existem discursos oponentes como “olha que coisa, chato né” ou “putz, eles não tem jeito mesmo”. Eles partem para a pressão política, escracho e shaming. Devíamos fazer o mesmo, nos termos mais fortes possíveis.
Canais que devem ser utilizados incluem as redes sociais (em larga escala), assim como a comunicação com parlamentares. Outro foco importante de atuação envolve obter o e-mail de jornalistas (que não estejam mancomunados com o PT, claro) e questioná-los: “Você não vai publicar nada sobre isso?”.
Em termos de denúncia, Malafaia faz a parte dele no vídeo acima.