PP decide apoiar Dilma e não candidatar Jair Bolsonaro à presidência

28/06/2014 22:21 Atualizado: 28/06/2014 22:21

Houve grande pressão por parte de membros do PP para que o Partido Progressista se mantivesse neutro nas eleições de 2014. Outro grande grupo, formado por filiados e não filiados, queria que o Partido lançasse Bolsonaro como candidato à presidente.

Alguns acreditavam que ele poderia vencer, outros declararam seu apoio não por acreditar em sua vitória, mas por crer que sua candidatura poderia colaborar muito para a derrota da presidente Dilma Rousseff. Os dois grupos acreditam que Bolsonaro poderia colher alguns milhões de votos.

“Além da sociedade conservadora e de direita, há gente que anularia o voto ou simplesmente não iria às urnas por falta de opção, todos estes poderiam votar em Bolsonaro.”, afirmam membros do PP.

Embora a grande mídia não ter feito alarde, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, interrompeu na última quarta-feira (25) a convenção nacional do partido em Brasília sem que houvesse real decisão sobre qual candidato o partido apoiaria nas próximas eleições para presidente.

Entretanto, a convenção nacional do Partido Progressista terminou em protesto na quinta-feira (26). A confusão foi porque o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e ao PT foi oficializada não no voto, pelos convencionais, e sim pela executiva nacional do partido. Que ganhou deles poderes pra isso.

A resolução invocada por Ciro Nogueira tem dois lados, em âmbito nacional dá poderes à Ciro para apoiar quem bem entender, mas por outro lado permite aos diretórios regionais optar por apoiar quem desejarem. Mas a decisão em âmbito nacional sempre tem mais influência sobre o eleitorado, e sobre os próprios diretórios.

O grupo dissidente, liderado por Ângela Amim, entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para tentar suspender o que ficou decidido na convenção. Ana Amélia, senadora, engrossou o coro dos insatisfeitos com a decisão do Presidente do partido, segundo o G1.

Bolsonaro subiu à tribuna para defender a sua própria candidatura e criticar o governo do Partido dos Trabalhadores.

“Nossa bancada vai diminuir caso apóiem aqui a eleição da Dilma, caso deem um minuto e vinte segundos para ela. E eu continuo candidato a presidente da República e espero que o partido coloque em votação o meu nome”, disse Jair Bolsonaro, deputado federal pelo Rio de Janeiro.

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