O Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI) lança o seu Balanço Anual Mundial das Forças Nucleares, o qual avalia as tendências predominantes atualmente nos Arsenais Nucleares Mundiais. Os dados mostram que enquanto o número total das armas nucleares no mundo continuam a declinar, nenhum dos países possuidores de armamento nuclear mostram indícios de desistir deles em um futuro próximo.
No início de 2014, nove países – Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coréia do Norte — possuíam aproximadamente 4000 armas nucleares operacionais. Se todas as nucleares forem contabilizadas, estes países juntos possuem um total de aproximadamente 16.300 armas nucleares (tabela 1) comparado às 17.270 do início de 2013.
Redução moderada e modernização continua
Nos cinco anos passados tem ocorrido um continuado declínio do número de armas nucleares no mundo (tabela 2). O decréscimo é devido principalmente à Rússia e aos EUA – que juntos contam por mais de 93% de todas as armas nucleares — reduzindo seus inventários de armas nucleares estratégicas (strategic nuclear weapons), dentro dos termos do Tratado Measures for the Further Reduction and Limitation of Strategic Offensive Arms (New START).
Ao mesmo tempo,todos os cinco países legalmente reconhecidos como possuindo armas nucleares – China, França, Rússia, UK e os Estados Unidos – estão lançando novos meios de lançamento de armas nucleares ou têm anunciado a intenção de fazê-lo. Índia e Paquistão continuam e desenvolver novos Sistemas de lançamento de armas nucleares (vetores) e estão expandindo a sua capacidade de produzir material físsil para fins militares.
Há um consenso entre os “experts” que a Coréia do Norte tem produzido um pequeno número de armas nucleares, muito próximos a artefatos nucleares rudimentares.
“Mais um ano, que as nações possuidoras de armas nucleares realizaram poucas ações que demonstrem o desejo genuíno para o completo desmantelamento de seus arsenais nucleares. Os longos processos dos programas de modernização estão em andamento nestes países sugere que as armas nucleares permanecerão firmemente nos seus calculus estratégicos”, afirmam os pesquisadores do SIPRI, Shannon Kile e Phillip Patton Schell
Todos os dados são estimativos com data de Janeiro de 2014.