Algo que poucos sabem é que o Porto de Mariel foi fundamental para a instalação dos mísseis soviéticos em Cuba, em 1962, no que ficou conhecido como ‘A Crise dos Mísseis’. O abastecimento soviético da ilha comunista – equipamentos e matéria-prima – chegava através do Porto de Mariel, que ainda hoje serve de quartel general e base naval em Cuba.
Sim, estamos financiando a construção de uma base naval bélica em Cuba, no Porto de Mariel, e uma logística segura para a rota do narcotráfico latino-americano, principalmente patrocinado pelas Farc, como já afirmei no artigo anterior.
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Porto de Mariel: Uma rota segura para o narcotráfico – Parte III
A ameaça bélica não consiste apenas na instalação da base naval, mas no fornecimento de logística e rota seguras também para o transporte e comércio ilegal de armamento, principalmente os destinados a ditaduras comunistas sangrentas (com o perdão do pleonasmo) como a Coreia do Norte.
Acha conspiracionismo da minha parte? Que tal, então, ler a seguinte notícia: Panamá intercepta navio norte-coreano com armamento em meio a carga de açúcar (julho de 2013). Leu? Então, ainda acha conspiracionismo? Se o Porto e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Mariel estivessem funcionando, essa carga seria descoberta? Claro que não.
E digo mais, se essas armas teriam vindo da Venezuela e atravessado quase toda a América Latina mesmo havendo alto risco de ser descoberta no Canal do Panamá, o que impedirá que empresas bélicas patrocinadas pelo narcotráfico, o terrorismo e governos socialistas/comunistas ditatoriais se instalem na ZPE de Mariel e despachem esse tipo de carga já do Porto de Mariel, com destino à Coreia do Norte, Laos e inclusive a Rússia?
Sim, a Rússia também. Tanto é que o país quer instalar bases militares sabe onde? Em Cuba e na Venezuela. Com qual propósito a Rússia quer instalar tais bases na América Latina senão para fazer frente aos Estados Unidos da América e fornecer proteção a essas ditaduras, e possivelmente fomentando novas através do Foro de São Paulo? Lembra da ‘Crise dos Mísseis’ de que falei no começo? Então, qualquer semelhança não é mera coincidência.
E se empresas bélicas russas se instalarem na ZPE de Mariel? Veja que logística! As fábricas de armas e as bases militares lado a lado e em ‘países irmãos’ com recente histórico de comércio de armas. E tudo isso sem ter que gastar praticamente um dólar sequer em estrutura naval, logística e portuária, pois o Brasil já está garantindo isso com o nosso dinheiro, em Cuba.
Toda essa estrutura na cara dos Estados Unidos e com grupos guerrilheiros, terroristas e narcotraficantes que consomem armamentos como água. Até os clientes já estão prontos, como as Farc e o ELN, na Colômbia, Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), no Chile, Frente Patriótica Moranzanista (FPM), em Honduras, e tantos outros operantes na América Latina. Nessa lista, ainda podemos acrescentar o Movimento Sem Terra (MST), no Brasil, que pretende implantar a “reforma agrária” à força (roubar terras alegando que são roubadas, como se uma acusação de crime justificasse o cometimento de um crime).
Será à toa que membros do MST são treinados em métodos de guerrilha na ilha dos Castro? E que membros do alto escalão das Farc vivem tranquilamente e no luxo por lá? (Sim, no luxo, este reservado só aos amigos de Fidel e Raul.)
Bem, temos então um império como a Rússia prestes a instalar bases militares na Venezuela e em Cuba; o Brasil financiando o Porto e a ZPE de Mariel com estrutura e logística adequadas para escoamento e transporte de grandes cargas e uma base naval na cara dos Estados Unidos; grupos guerrilheiros, narcotraficantes e terroristas – integrantes do Foro de São Paulo e aliados de Cuba – como consumidores vorazes de armamento; uma rota segura para o narcotráfico e o contrabando de armamento; e histórico recente deste contrabando partindo provavelmente da Venezuela até Coreia do Norte com proteção e logística cubanas.
Acha pouco? Ora, mas tem mais. Cuba está há anos na lista de países que fomentam o terrorismo. E tem aqueles que dirão que o MST enviou seus membros para estudar em Cuba. Cursar medicina, principalmente. Ah é? Então me explique por que esses “alunos” são escolhidos a dedo pelo MST e pelo PT e não são avaliados nem antes nem depois? Por que recebem curso de “agitação social” em Cuba?
Quer mais? Ok. No Mato Grosso, em 2013, grupos brasileiros e membros do MST receberam treinamento de guerrilha e agitação social de membros das Farc e remanescentes da facção uruguaia Tupamaros e da Central Operária Boliviana. O plano era utilizar coquetéis molotov no desfile de 7 de setembro e no Rock in Rio ano passado. Será também mera coincidência que o modus operandi do MST seja o mesmo das Ligas Camponesas iniciadas no Brasil na década de 40 pelo advogado Francisco Julião (com o qual o atual líder do MST, João Pedro Stédile, teve contato e “trocou experiências”)?
Todas essas organizações precisam de armas e agora terão como consegui-las de maneira rápida e segura. A Coreia do Norte precisa de armas e agora poderá recebê-las por uma rota segura, sem que haja risco de interceptação como ocorrido no Canal do Panamá ano passado.
O Porto e a ZPE de Mariel não possuem qualquer segurança jurídica nem vantagens econômicas e competitivas para investidores sérios, mas são perfeitos para os fins aqui explanados e estão localizados no país fomentador do terrorismo e mais influente no Foro de São Paulo, com apoio da Rússia, Venezuela, Bolívia, Equador e financiamento do Brasil.
Quem ainda acredita em conspiracionismo agora?
Aguarde:
Porto de Mariel: Caixa 2 do PT? – Parte V
Roberto Barricelli é jornalista e assessor de imprensa do Instituto Liberal
Este artigo foi originalmente publicado no Blog do Roberto Lacerda