Porcos mortos continuam a aparecer na cidade chinesa de Shanghai e já ultrapassam 6 mil

14/03/2013 00:01 Atualizado: 14/03/2013 12:13
Nas últimas semanas, carcaças de cerca de 6.600 porcos, que teriam morrido do circovírus suíno, foram pescadas boiando no rio Huangpu que corta a cidade de Shanghai
Funcionários sanitários (esquerda) coletam um porco morto numa hidrovia principal de Shanghai em 11 de março de 2013 (Peter Parks/AFP/Getty Images)

Atualização de 17h09 EDT, 13 de março. Nas últimas semanas, 6.600 carcaças de suínos mortos, que teriam morrido de circovírus suíno, foram pescadas nos 70 km de extensão do rio Huangpu, que flui através de Shanghai, segundo a imprensa chinesa.

Os relatórios iniciais indicaram que foram apenas 3.000, mas autoridades de Shanghai deram o número oficial de cerca de 6.000 na tarde de terça-feira e, na quarta-feira, o número foi atualizado novamente para 6600.

“Meu trabalho é voltado para o rio Huangpu. Temos visto várias vezes mais de uma dúzia de porcos à deriva. Isso tem ocorrido por três semanas, pelo menos uma ou duas vezes por semana”, disse o Sr. Wu de Shanghai ao Epoch Times.

As marcas auriculares usadas para identificar os porcos revelam que eles são de fazendas em Jiaxing e Pinghu, na província de Zhejiang, a montante de Shanghai, bem como da província de Jiangsu, segundo a Comissão de Agricultura.

“Eu suspeito que eles tenham sido jogados logo após morrerem nas fazendas. O mesmo [fenômeno] foi identificado em outras seções do rio Huangpu. As autoridades já vieram coletar essas carcaças três ou quatro vezes até agora”, disse o Sr. Wu.

De acordo com Diário de Jiaxing, um jornal local de Zhejiang, a eliminação de suínos mortos no rio Huangpu ocorreu em pelo menos cinco municípios diferentes e dois distritos de Jiaxing, na província de Zhejiang.

“Mais porcos morreram durante o último inverno e primavera; 10.078 morreram em janeiro, 8.325 em fevereiro e uma média de 300 por dia em março. A terra é limitada e não podemos enterrar todos”, disse Wang Xianjun, um residente de Jiaxing citado pelo Diário de Jiaxing.

Enquanto isso, moradores estão preocupados não apenas com a eclosão de uma epidemia animal, mas também com a contaminação do rio Huangpu, uma vez que Shanghai obtém a maior parte de sua água potável deste rio.

Carcaças de porcos têm sido encontradas boiando no rio Huangpu desde o início de março, segundo testemunhas. Um despejo recente, que chegou a cerca de 6.600, tem provocado um escândalo na China (Weibo.com)

“A mídia estatal disse que a água não foi afetada e continua boa, mas nós certamente não acreditamos. Muita coisa na mídia não é confiável. Não comemos carne de porco agora”, disse Wu, um morador de Shanghai.

Um repórter do Epoch Times contatou a Comissão Municipal de Agricultura de Shanghai para saber sobre a qualidade da água, mas lhe foi dito que a informação relevante foi publicada no website oficial.

A Secretaria de Agricultura de Zhejiang indicou que uma investigação está em andamento, mas descartou a possibilidade de uma epidemia animal; eles afirmam que a maioria dos animais que morreram eram leitões que congelaram até a morte, segundo a mídia estatal Serviço de Notícias da China.

A Comissão de Agricultura, no entanto, disse que as amostras de teste da água do rio Huangpu continham um vírus de porco, chamado de circovírus suíno, segundo a imprensa chinesa.

“Quem acreditaria que eles congelaram até a morte? Eles não morreram no inverno rigoroso, mas na primavera”, disse um internauta em resposta à negação de uma epidemia pela Secretaria de Agricultura de Zhejiang.

“Deve ser uma piada”, disse outro internauta. “Será que um porco mais de 200 quilos poderia simplesmente congelar até a morte?”

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